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Poços-caldense que mora no México conta como foi o terremoto

Dois dias depois do terremoto que atingiu o México, o Poçoscom.com conversou com o poços-caldense, Tibiriçá Pinheiro Imese, de 42 anos que mora na Cidade do México e que sentiu de perto o tremor de 7,1 de magnitude que causou estragos e deixou 237 mortos e quase 2 mil feridos em 5 estados além da Cidade do México.

Tibiriçá Imese já sentiu os efeitos de 2 terremotos e 1 furacão em menos de 1 mês – foto acervo pessoal

O epicentro foi a cerca de 150 km ao sudeste da Cidade do México há exatos 32 anos depois que um terremoto deixou milhares de mortos no país em 1985.

Por causa do terremoto ocorrido há 32 anos, na terça-feira, 19, Imese conta que participou de um treinamento preventivo na empresa ainda na parte da manhã, momentos antes do abalo sísmico.

De acordo com Imese, era a hora do almoço por volta das 13h30, quando o tremor começou. “Eu estava no trabalho e tinha ido almoçar quando o abalo sísmico aconteceu. Imediatamente saímos do prédio, já que existe esta orientação para que procurássemos um local seguro. O chão balançou bastante, as sirenes de emergência tocavam o tempo todo e as pessoas foram para as ruas para tentar se proteger. O cenário era de total destruição,” observou Imese.

Pelo menos 50 prédios caíram após o terremoto na Cidade do México – foto EBC

Imese que é engenheiro de telecomunicações mora na Cidade do México desde fevereiro deste ano quando foi transferido pela empresa que trabalha. Ele conta que foi difícil chegar em casa após o terremoto, o trânsito e o metrô pararam, houve corte de energia e a rede de telefonia ficou congestionada, pois muitos tentavam entrar em contato com os familiares para ter notícias sobre o terremoto.

Ele mesmo encontrou dificuldade para falar com a esposa e filha que moram em São José dos Campos e com o pai, o jornalista Gilberto Imese que mora aqui em Poços de Caldas e que ficou aliviado em saber que o filho estava bem.

Dois terremotos e um furacão

Em menos de um mês Imese já passou pelos efeitos do furacão Katia, que juntamente com o Santa Maria e José têm causado danos a Costa Leste do México e Caribe. No dia 8 de setembro ele conta que sentiu os abalos do terremoto de 8,4 na escala Richter que atingiu o estado de Chiapas e Tabasco e que foram sentidos em praticamente metade do país, desde o centro até o sul e ainda alguns países vizinhos da América Central.

Na volta pra casa o engenheiro de telecomunicação foi vendo o rastro de destruição e pelo rádio do carro ouvia as notícias sobre sobreviventes e o trabalho de buscas. Ele ficou muito comovido com o desabamento de uma escola onde 25 pessoas a maioria crianças morreram. O serviço de resgate e voluntários ainda procuram por sobreviventes. “É muito triste, vários prédios caíram, pessoas que ainda estão desaparecidas, pessoas que morreram e pessoas que ainda precisam de muita ajuda.” Lamentou Imese.

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