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AUDIÊNCIA PÚBLICA DEBATE A VOLTA DOS CASSINOS

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Com diversas representações de órgãos ligados ao turismo, hotelaria e divulgação de Poços de Caldas, a câmara de vereadores realizou no dia 10 de março, a primeira audiência Publica sobre a possível volta dos cassinos e demais jogos “de azar” cujo projeto de lei está novamente tramitando nas esferas federais.

Vários representantes  de classe e secretários municipais também foram convidados a fazer parte da mesa de debates, dentre os quais, A presidente do Sindicato de Hoteis, Regina Célia Rosi  e Ricardo Micciaroni, representando o sindicato dos donos de Bares e restaurantes da cidade. A audiência contou também com forte presença dos vereadores da cidade. A audiência pública foi proposta pelo vereador Paulo Tadeu Silva D’Arcádia, (PT) e aprovada por toda a edilidade.

Outros representantes de classe, não convidados a fazer parte da mesa, se inscreveram para fazer uso da tribuna e trazer posições previas sobre o assunto e cobrar do legislativo, para que nos próximos eventos ligados a assuntos afins, sejam oficialmente convidados a participar.

 

Aberta pela presidente da Câmara, vereadora Regina Cioffi, O vereadores proponente foi o primeiro a falar da tribuna e fazer uma rápida abordagem histórica sobre o período dos cassinos e o que eles representaram para a cidade até o ano de 1946, quando os jogos foram proibidos por um decreto do ex-presidente Eurico Gaspar Dutra.

O professor Romulo Villela Filho, secretário de Turismo, apresentou um rápido, mas detalhado estudo do projeto hora em pauta, e fez questão de destacar que o novo estudo sobre o assunto não tem nenhuma relação com o antigo período dos Jogos abertos, já que a proposta é de se criar um grande complexo de diversões turísticas e culturais, em uma nova área dentro da qual estaria um cassino. O secretário fez questão de destacar que mesmo que o projeto tenha uma posição favorável por parte dos técnicos da secretaria de Turismo, elá não representa a posição da administração municipal, já que o assunto não foi debatido com o prefeito da cidade.

Para o presidente do sindicato dos donos de bares e restaurantes, Ricardo Micciaroni, em uma primeira analise, a proposta é bem vinda, mas como para todos os demais representantes de associações de classe, presentes, é preciso um estudo mais amplo sobre os impactos positivos e negativos de tal empreendimento na vida local.

Sob o ponto de vista do secretario Romulo Villela, nada do que existe hoje em Poços de Caldas se enquadra na proposta de lei, a não ser a história da cidade e seu passado com cidade de cassinos.

Para o Secretário de planejamento Rodrigo Reis que acumula a pasta de desenvolvimento e Trabalho, com um rumos que Poços de Caldas tomou, depois do fechamento dos jogos, em 1946, hoje, temos um cenário diversificado entre turismo e indústria, de forma que a vinda de tal complexo seria estar ampliando a diversidade que seria enriquecida de  mais uma atividade turística, o que seria um convite para as pessoas brasileiras que hoje deixam uma expressiva soma em dinheiro em países vizinhos como Paraguai e Argentina, apenas para citar os mais próximos, que detêm  atividades de cassinos.

Para Gustavo Bonafé, que usou a tribuna em nome do Convention Visitors Bureau, e o próprio presidente do conselho municipal de turismo Gustavo Bertozi, em primeira vista a vinda de uma complexo de diversões como o proposto é positiva e agrega valor ao nome de Poços de Caldas. Ambos também solicitaram que suass entidades sejam convocadas em próximos eventos da câmara de vereadores quando se tratar de assuntos a fins.

Vários vereadores presentes usaram da palavra ajudando a analisar os aspectos positivos e negativos de tal atividade, dentre eles o vereador Marcos Tadeu Sala Sanção, PSDB e, José Maria, PMDB, que acabam por concluir positivamente para a volta dos cassinos.

Para a ex-vereadora Maria José de Souza, Tita, PT, que enviou perguntas a mesa questionando quais as efetivas contribuições que os cassinos deixaram para Poços de Caldas, e algumas de suas perguntas ficaram sem respostas claras. Para ela, posição de Poços de Caldas carece de estudos mais profundos sobre os prós e contras de tal atividade. Para a professora, ainda não está claro quem são os interessados diretos e quem seriam os beneficiados com a volta dos jogos de azar.

Ela até cantou trechos do cancioneiro popular que se referem as mazelas que também acompanharam tal período.

Disse o vereador Valdir Sementille, que também é pastor evangélico, que sua posição que também representaria, segundo ele, 35 mil evangélicos de Poços de Caldas, é contrária a volta dos cassinos.

Para a presidente da Câmara de Vereadores Regina Cioffi e, para o vereador Paulo Tadeu Silva D’Arcádia, a Audiência Pública não se encerra: É apenas o início de uma ampla e importante série de debates  para que num momento ideal a cidade mostre para o Senado e Câmara Federal a posição de Poços de Caldas com relação ao assunto.

O importante para todos, independente se favorável ou contrário, é que o assunto de tal importância não passe pelas esferas federais sem que as cidades envolvidas mostrem suas posições ou interesse na volta dos cassinos.

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