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Joaquim José da França Junior – O pai da comédia brasileira

Nome literário: França Junior. Nome completo: Joaquim José da França Junior.

Nascimento: 18 de março de 1838, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Falecimento: 27 de novembro de 1890, Poços de Caldas, Minas Gerais. Joaquim José da França Júnior, Teatrólogo, nasceu em Salvador em 19 de abril de 1838. Fez seus estudos secundários no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro e a faculdade de Direito em São Paulo, onde ainda como estudante deu os primeiros passos como autor teatral. De volta ao Rio, estreou no jornalismo no periódico de caricaturas Bazar Volante (1863-67) e como colaborador eventual do Correio Mercantil. Exerceu o cargo de secretário do governo provincial da Bahia, adjunto da Promotoria Pública da Corte, e, posteriormente, curador de órfãos da capital imperial. Foi considerado pelos historiadores o principal seguidor de Martins Pena, o que o tornou, cronologicamente, o segundo mais importante autor do teatro brasileiro. Como seu mestre, escreveu para o palco comédias de costumes e sátiras políticas de grande sucesso, algumas hoje infelizmente desaparecidas.

Suas principais obras para teatro foram: Meia hora de cinismo (1861), A república modelo (1861), Tipos da atualidade (1862), Ingleses na costa (1864), Defeito de família (1870), Amor com amor se paga (1870), Beijo de Judas e Como se fazia um deputado (1881), Caiu o ministério (1882), De Petrópolis a Paris e As Doutoras (1889), Portugueses às direitas (1890). Em 1876 abandonou temporariamente o teatro e publicou folhetins na Gazeta de Notícias e pintou paisagens sob a influência do alemão Grimm, mas retornou triunfalmente cinco anos depois, por insistência de Artur Azevedo. Até o fim de sua vida, ocupou o cargo de curador de órfãos da capital imperial. Faleceu na cidade de Caldas, em Minas Gerais, em 27 de novembro de 1890. É o patrono da cadeira 12 da Academia Brasileira de Letras, da qual Urbano Duarte de Oliveira é o fundador. OBRAS A República Modelo (1861) Meia Hora de Cinismo (1862) Tipos da Atualidade (ou O barão de Cutia) (1862) Amor com Amor se Paga (1870) Direito por Linhas Tortas (1870) O Defeito da Família (1870) O Tipo Brasileiro (1882) Como se Fazia um Deputado (1882) Caiu o Ministério! (1883) Dois Proveitos em um Saco (1883) Entrei para o Clube Jácome (1887) Maldita Parentela (1887) As Doutoras (1889) Ingleses na Costa (1889) Os Candidatos (1889) A Lotação dos Bondes Bendito Chapéu O Carnaval do Rio As peças de França Júnior foram reunidas em 1980 em O teatro de França Júnior, em dois volumes. França Júnior -Biografia França Júnior França Júnior (Joaquim José da F. J.), jornalista e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de março de 1838, e faleceu em Poços de Caldas, MG, em 27 de setembro de 1890. É o patrono da Cadeira n. 12, por escolha do fundador Urbano Duarte. Filho de Joaquim José da França e de Mariana Inácia Vitovi Garção da França. Bacharel em Letras pelo Colégio Pedro II e em Direito pela Faculdade de São Paulo (1862), começou a carreira de dramaturgo em 1861 com duas “comédias de costumes acadêmicos”, A república modelo e Meia hora de cinismo, sobre as relações entre um calouro e um grupo de estudantes veteranos. Revelou-se um continuador de Martins Pena. Em 1862, estreou no Ginásio Dramático (RJ) Tipos da atualidade, comédia mais conhecida como O barão de Cutia, graças à extrema popularidade do personagem do mesmo nome, um fazendeiro rico que uma viúva interesseira deseja ardentemente ter por genro. Dando à peça o título “Tipos da atualidade”, o comediógrafo faz da mediocridade e do interesse as molas-mestras das relações interpessoais na sociedade fluminense de então. Utilizando-se de enredos aparentemente anedóticos, França Júnior fez de suas comédias pequenas caricaturas de aspectos variados do cotidiano e da família fluminense. Outro alvo de suas comédias é o “estrangeiro”, sobretudo o “inglês”, e os privilégios que obtém do governo brasileiro, como em O tipo brasileiro e Caiu o ministério, comédias representadas em 1882. Importante como painel crítico do Rio de Janeiro no fim do século, a obra de França Júnior reforça a tradição cômica do teatro brasileiro e se caracteriza pela agilidade das falas curtas, das peças em um ato, com linguagem coloquial, jogo cênico rápido, ambigüidades e grande noção de ritmo teatral. Além de comediógrafo, França Júnior foi promotor público e curador da Vara de Órfãos no Rio de Janeiro, secretário do Governo da Província da Bahia e, como jornalista, autor de folhetins bastante populares à época, publicados em O País, O Globo Ilustrado e Correio Mercantil (reunidos em Folhetins, em 1878, com prefácio e coordenação de Alfredo Mariano de Oliveira). Escreveu cerca de duas dezenas de comédias e peças teatrais. Além das já mencionadas, destacam-se: Amor com amor se paga (1870); Direito por linhas tortas (1870); O tipo brasileiro (1872); Como se fazia um deputado (1882); Caiu o ministério (1883); Entrei para o Clube Jácome (1887); Os candidatos e As doutoras (1889). Foram reunidas em O teatro de França Jún

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