Poços recebe mais 10 mil doses da vacina contra febre amarela

Apesar de não ter nenhum caso suspeito ou confirmado de febre amarela em Poços de Caldas, o surto da doença registrado nas regiões do Vale do Rio Doce, Zona da Mata, Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucuri, tem feito com que muitas pessoas procurassem pelas salas de vacina da cidade para colocar a vacina contra a febre amarela em dia ou tomar a primeira dose.

De acordo com a responsável pela Vigilância Epidemiológica, Juliana Loro, a demanda nas salas de vacinação tem crescido consideravelmente em relação às outras vacinas. Do dia 2 até o dia 30 de janeiro aproximadamente 6 mil doses da vacina contra a febre amarela foram aplicadas.

E por causa da grande procura, a Superintendência Regional de Saúde de Pouso Alegre enviou mais 10 mil doses da vacina na tarde desta segunda-feira, 30, para que possam ser distribuídas entre a população. “Apesar do grande número de doses, a vacina é simplesmente para suprir o calendário de vacinação, uma vez que não está sendo realizada nenhum tipo de campanha contra a febre amarela na cidade, ou seja, bebês que precisam tomar a primeira dose ou no caso os adultos que já foram imunizados há 10 anos e agora precisam por o cartão de vacina em dia”, destacou a responsável pela Vigilância Epidemiológica.

Juliana Loro reforça que não é preciso correr até as salas de vacinação para ser imunizado contra a febre amarela, apenas no caso de trabalhadores rurais ou pessoas que estão indo para as regiões onde existem casos da doença é que estão tendo prioridade. As demais seguem com o calendário normal de vacinação.

Minas Gerais é o estado com o maior número de casos confirmados de febre amarela. Até a última segunda-feira, a Secretaria Estadual de Saúde tinha registrado 109 casos confirmados, 712 casos suspeitos e 101 mortes de pessoas com suspeita da doença. Até o momento 51 municípios mineiros tiveram registro de pacientes com suspeita de febre amarela, todos nas regiões Leste e Nordeste do Estado.

No caso de Poços de Caldas, a recomendação da Vigilância Ambiental é para que os moradores do perímetro urbano próximo a Serra de São Domingos, evitem ao máximo a aproximação com os macacos que vivem nas matas no entorno da serra, bem como alimentar os primatas.

Apesar de não ter nenhum caso da doença na cidade, segundo Jorge Lago, responsável pela Vigilância Ambiental, a morte de macacos é o primeiro sinal de indícios da doença, que quando é silvestre não oferece risco à população. O problema é o contato do homem com o animal contaminado que por sua vez for picado pelo mosquito Haemagogus pode transmitir a doença para o homem. Já na cidade a febre amarela pode ser transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes Aegypti, que torna a situação ainda mais grave. “Nós pedimos aos moradores que além de se afastarem dos macacos, também pedimos que fiquem atentos para o caso de encontrar algum macaco morto nas proximidades da serra. Caso isso aconteça é preciso que acione imediatamente a Vigilância Ambiental pelo 3697-5977para que medidas de segurança e de prevenção sejam tomadas”, enfatizou Jorge Lago.