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Política LGBT é debatida durante a 1ª Semana da Diversidade Sexual

Até a próxima quinta-feira, dia 15, acontece em Belo Horizonte, a 1ª Semana da Diversidade Sexual e da Cidadania LGBT. O evento, que tem como objetivo dar visibilidade à população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais e à luta contra a LGBT, teve a abertura oficial realizada no auditório JK, na Cidade Administrativa, com direito a mesas sobre “A violência contra o público LGBT no Brasil e no Mundo” e “Pesquisa Pública sobre a Cidadania LGBT na Cidade Administrativa de Minas Gerais”, além do lançamento do Festival Internacional de Filmes sobre a Diversidade Sexual.

A violência contra o público LGBT também está sendo debatida foto-Osvaldo-Afons
A violência contra o público LGBT também está sendo debatida foto-Osvaldo-Afonso

Durante a abertura, o secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidandania, Nilmário Miranda, falou sobre a luta da comunidade LGBT, um desafio e um problema de todos. “Estamos construindo políticas públicas afirmativas e de inclusão social para a população LGBT, articuladas com diversas secretarias de Estado”, afirmou. Além disso, reforçou que a Sedpac tem intensificado os esforços para a criação do Conselho Estadual LGBT, dos Conselhos Municipais e se preparando para lançar o Plano Estadual Minas sem LGBTfobia. “Para nós, direitos humanos não pode isolar a questão LGBT, tem que ser uma ação do governo inteiro”, apontou.

Para o coordenador Especial de Políticas de Diversidade Sexual da Sedpac, Douglas Miranda, a realização desta primeira Semana da Diversidade Sexual é de extrema importância, principalmente neste momento em que se vivencia o crescimento do conservadorismo. “Presenciamos um número alarmante de crimes de ódio contra a população LGBT. Somente em 2015 foram registrados 26 casos em Minas Gerais, sendo o terceiro estado em número de mortes, segundo o Grupo Gay da Bahia e o site Homofobia Mata. Sabemos que estes são dados subnotificados, porque a LGBTfobia ainda não é criminalizada no Brasil”, destacou.

Durante a solenidade de abertura, o coordenador afirmou que ainda há muito que se conquistar, principalmente no campo legislativo. Segundo ele, o Brasil avançou bastante no poder executivo com a publicação do Decreto do Nome Social, com o Programa Brasil sem Homofobia e com a criação do Conselho Nacional de Discriminação LGBT. “Em Minas Gerais, estamos construindo espaços de participação e fortalecimento dos movimentos sociais e populares como forma de dar visibilidade à população de travestis e transexuais, lésbicas, gays, bissexuais, bem como a construção de políticas afirmativas para toda a população LGBT”, pontuou

Também presente na abertura, Anyky Lima, presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais e Representante da Associação Nacional de Travestis e Transexuais em Minas Gerais (Antra), falou sobre a importância de dar visibilidade a toda comunidade LGBT e em especial às travestis e transexuais, que é o segmento que mais sofre violência e discriminação. “Temos uma luta diária contra a violência que assola a comunidade LGBT e principalmente as travestis e transexuais, que são as mais agredidas e têm dificuldade em acessar as políticas públicas. Precisamos disseminar o respeito e a aceitação das pessoas como elas realmente são”, afirmou.

Participaram da solenidade de abertura da 1ª Semana da Diversidade Sexual e da Cidadania LGBT, o secretário de Estado Adjunto de Cultura, João Batista Miguel, e o subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Leonardo Nader.

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