6ª aula será mesmo extinta, confirma secretária de Educação

Em entrevista exclusiva ao Poçoscom.com, a secretária Municipal de Educação, Maria Helena Braga, confirmou que a partir de 2020 as escolas municipais José Raphael Santos Netto, Wilson Hedy Molinari, Vitalina Rossi, Antônio Sérgio Teixeira e o Colégio Municipal, será cortada da grade curricular.

A medida mobilizou a comunidade escolar e representantes das 5 escolas que realizaram uma manifestação na última terça-feira, 8, na tentativa de sensibilizar a Administração, uma vez que aproximadamente 2 mil alunos e cerca de 300 professores seriam atingidos com a decisão.

De acordo com a secretária, após a manifestação, o prefeito Sérgio Azevedo pediu para que ela e a equipe revissem a questão do corte. Porém após refazer os cálculos chegou-se a conclusão que financeiramente seria inviável manter a 6ª aula, uma vez que não seria possível estender o benefício para as outras 19 escolas municipais que ainda não tiveram a aula extracurricular implantada.

“A 6ª aula foi cortada depois de uma análise técnico-pedagógica, uma vez que temos 25 escolas, sendo que 24 delas têm de 6º ao 9º ano e apenas uma de 1º ao 5º ano. Das 24 unidades, apenas 5 tinham a 6ª, e isso caracteriza um privilégio, já que não temos dinheiro para implantar a aula extracurricular nas outras 19 unidades,” explicou a secretária.

Ainda de acordo com Maria Helena Braga, foi observado também que a 6ª não estava obedecendo à isonomia salarial, uma vez que o professor que dava 50 minutos de aula nas outras 19 escolas ganhava o mesmo valor que o professor que dava aula de 45 minutos nas outras 5 escolas com aula extracurricular.

Em relação ao prejuízo pedagógico que os cerca de 2 mil alunos teriam com o corte da 6ª aula, a secretária garante que isso não vai acontecer. “O aluno não vai perder nada de conteúdo, a redação é trabalhada em Língua Portuguesa, educação ambiental em Ciências, raciocínio lógico em Matemática, ética perpassa todas as disciplinas e conteúdos, então não haverá prejuízo pedagógico e ele vai ganhar no tempo das outras aulas,” destacou a secretária.

Sobre a perda salarial do professor que vai deixar de dar a 6ª aula, a secretária adiantou que o valor do salário será alterado de acordo com o tempo investido em aula. “Todos vão receber pelo tempo de 50 minutos por aula. É uma questão de justiça. Não teremos 300 professores perdendo aula, porque se perder aula em uma escola, vais sobrar aula em outra unidade. Se perdeu aula no plano curricular ele pode pegar uma disciplina afim daquela que ele dá aula,” enfatiza Maria Helena Braga.

A secretária encerrou a entrevista reforçando que com o fim da 6ª aula, haverá uma economia de R$ 1,3 milhão por ano para o Município, dinheiro este que será investido em manutenção e infraestrutura das escolas.  “Educação não é gasto é investimento e nós temos que investir na infraestrutura, material pedagógico, material de limpeza, material escolar entre outros. Tudo isso o dinheiro tem que dar. Será uma economia muito salutar”, finalizou a secretária.