Ataques a ônibus: Representante da Secretaria de Segurança Pública está em Poços e falou sobre onda de ataques em MG
A representante da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais, Renata Correia Lima Ignácio da Silva, afirmou hoje, em Poços de Caldas, que as investigações sobre os ataques a ônibus no estado estão concentradas na pasta e que as forças de segurança suspenderam a divulgação do andamento dos casos para não comprometer os resultados finais.
A superintendente da Escola Integrada de Segurança Pública participou do Encontro Regional de Polícia Comunitária, realizado na manhã desta quinta-feira, 7, na sede da OAB de Poços, e que visa, justamente, o fortalecimento da integração entre Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.
O encontro, em Poços de Caldas, coincidiu com a série de ataques a ônibus, viaturas e bases da polícia em todo o estado de Minas Gerais. Na cidade, dois ônibus coletivos e uma empresa de material reciclável foram alvos das ações, no último domingo, 3. As ações criminosas no município resultaram, até o momento, na prisão de duas mulheres e quatro homens e na apreensão de um adolescente de 17 anos.
Por determinação do governador de Minas, Fernando Pimentel, as informações sobre as prisões não estão sendo divulgadas para não atrapalhar as investigações. De acordo com Renata Correia Lima Ignácio da Silva, a motivação de toda onda de ataques ainda não está clara. “A investigação sobre a motivação cabe à parte da inteligência de cada instituição, Polícia Militar e Civil, que estão trabalhando juntas para ver quais as causas e ações que devem ser implementadas em relação aos ataques que vêm acontecendo em Minas Gerais”, afirmou Renata.
No mesmo evento, o comandante da 18ª Região de Polícia Militar de Poços de Caldas, coronel Frederico Antônio de Lima, aproveitou para tranquilizar a população em relação às ações criminosas. Segundo o comandante, a resposta das forças de segurança aos ataques de domingo foi rápida, já com a prisão de dois homens e uma mulher e a apreensão de um adolescente, horas depois que um ônibus foi incendiado no bairro São José.
“Logo em seguida a este ataque, fizemos um plano de ação e, até hoje, estamos escoltando ônibus do transporte público, em um planejamento diferenciado e com policiais dentro dos próprios veículos. Por prevenção, a Circullare não iria rodar na sua plenitude em determinados horários, mas demos a tranquilidade necessária à gerência e não tivemos mais problemas em Poços de Caldas”, destacou.
O comandante ainda ressaltou outras ações promovidas pela PM no município, desde o período da paralisação dos caminhoneiros. “A PM vem fazendo um trabalho acentuado, desde a paralisação dos caminhoneiros, que talvez a população não saiba, mas que teve um papel importante da Polícia Militar. Nós fomos até o estado de São Paulo para escoltar os caminhões com diesel para abastecer a frota da Circullare e um caminhão de insumos do DMAE, para que o abastecimento de água na cidade não parasse. Foram ações importantes para que a população não sentisse diretamente os efeitos da crise e assim tem sido com os ataques”, revelou o coronel Frederico.