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Pai de bebê que morreu no carnaval é indiciado

A Polícia Civil de Poços de Caldas concluiu o inquérito que apura a morte do bebê, Ryan Ribeiro Fiori, de apenas 3 meses ocorrida durante o carnaval. O padeiro de 25 anos foi indiciado por abandono de incapaz.

Ryan chegou no hospital já sem os sinais vitais, segundo a médica plantonista – foto redes sociais

O pai foi apontado com um dos responsáveis, pois a criança foi deixada sob os cuidados de uma adolescente de 15 anos. Se condenado ele pode pegar pena de 4 a 12 anos de prisão.

O padeiro que está preso desde o dia da morte do bebê, na terça-feira de carnaval, contou que naquela madrugada, por volta das 4h da manhã, precisou deixar a criança com a vizinha, pois precisava trabalhar e a esposa dele, de 17 anos, não havia retornado das festividades do carnaval.

Na ocasião os três apresentaram versões diferentes e foram detidos e levados para a delegacia, porém apenas o padeiro foi preso, e as adolescentes ouvidas e liberadas.

Na próxima semana o delegado, que presidiu o inquérito, Ernani Perez Vaz, vai fornecer mais detalhes da investigação, inclusive o envolvimento da mãe e da vizinha adolescente.

Entenda o caso

Foi sepultado na manhã desta quarta-feira, 26, o corpo do bebê Ryan Ribeiro Fiori, de apenas 3 meses e 15 dias. A criança foi encontrada morta em casa por uma vizinha na Rua Fosco Pardini na manhã desta terça-feira, 25.  A principal causa da morte seria por engasgamento e os pais são acusados de negligência.

Na manhã de terça-feira, 25, uma equipe da Polícia Militar compareceu à Santa Casa acionada pela médica de plantão, que constatou a morte do bebê. A plantonista contou que a criança chegou ao hospital por volta das 7h32 levada por uma equipe do SAMU já sem os sinais vitais. Mesmo com uma parada cárdio-respiratória foram feitos todos os procedimentos para tentar reanimá-las, mas a criança não recobrou os sentidos.

O pai da criança, um padeiro de 25 anos, estava do lado de fora do hospital e disse aos policiais que estava no trabalho quando recebeu uma ligação dizendo que o filho havia morrido.

Ele contou que a esposa dele, de 17 anos, tinha saído de casa às 16h da tarde de segunda-feira, e até às 04h da manhã de terça ainda não tinha retornado. Como ele não tem celular e precisava ir para o trabalho deixou a criança sob os cuidados de uma vizinha, uma adolescente de apenas 15 anos.

Ele ainda disse que antes de sair de casa havia dado uma mamadeira para a criança e que ela estava bem. No caminho do trabalho conseguiu falar com a mãe por um orelhão e ela disse que já estava chegando em casa.

Já a adolescente contou aos militares que ficou com pena da criança, pois havia presenciado os pais saírem com ela para ir às festividades do carnaval na sexta-feira e que no sábado a mãe comentou que não sabia como tinha chegado em casa.  Então no domingo ela se ofereceu para ficar com o bebê das 16h às 23h quando entregou a criança para o pai.

Na manhã de terça-feira, a mãe pediu que a adolescente ficasse novamente com o bebê, pois precisava ajudar uma amiga que havia bebido demais.

Quando a adolescente entrou na casa encontrou Ryan enrolado em vários cobertores e de bruços na cama e que o bebê não respondia a nenhum estimulo. Em seguida pediu ajuda para uma prima e chamara o SAMU.

Já a mãe alegou que havia ido para o carnaval com o consentimento do marido e que quando chegou de madruga ligou para o trabalho do esposo e brigou com ele por ter deixado a criança sozinha. A mãe ainda disse que precisou buscar a bolsa que havia esquecido na casa de uma amiga e que deixou a criança com a adolescente.

Diante das três versões apresentadas pelos envolvidos todos foram levados para a delegacia.

O bebê foi sepultado na manhã de quarta-feira,  26, no cemitério parque na zona sul da cidade.

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