O ÁRBITRO MEIRA RICCI por Ernani Pasculli Filho

Ernani Pasculli Filho*

Dentre os árbitros que atuaram no campeonato brasileiro de futebol de 2009, um deles foi Sandro Meira Ricci. Os comentaristas de programas esportivos citam a atuação dele com singelos e bons elogios. No ano de 2009 correu um burburinho aqui em de Poços, que o tal árbitro seria conterrâneo. Dos comentários de boca a boca, logo veio a verdade, que o rapaz teria raízes em Poços.

A história da família Ricci no meio futebolístico é longa. Na genealogia do Sandro, seu avô paterno, Vivaldo Ricci, o hobby era jogar futebol. Foi meio-atacante da A.A. Caldense e do A.E.E. Flamengo, da Cascatinha. Osvaldo Ricci era irmão de Vivaldo. Osvaldo era sogro do Maurício, ex-jogador profissional da Caldense. Maurício, pai do atacante Cristiano, e do defensor Fabiano, não se profissionalizaram no futebol, porém, seguiram em outra modalidade esportiva, o voo-livre de paraglider. Cristiano é instrutor e competidor de nível internacional. Outro genro do Osvaldo é da família dos Miglioranzi. Nessa família é difícil achar um Miglioranzi que não tenha jogado futebol, alguns deles atuantes na história das equipes amadoras de Poços, como no time da Vila Cruz, o Corinthians Caldense, e o A.E.E. Flamengo. Um dos netos do Osvaldo, Stéfani Ricci Miglioranzi, profissional, jogou em clubes ingleses e atualmente está na equipe do Los Angeles nos EUA. Os três primos do Sandro, o Cristiano, o Stéfani e o Fabiano são da mesma faixa etária, próximo dos quarenta anos.

Rovilson relembra: “uma parte da história da família Ricci se concentra na Rua Rio Grande do Sul, próximo da esquina com a Rua Paraíba, e uma outra parte da história está na Rua Barão do Campo Místico. Num passado, há mais de 50 anos, quando o Sr. Vivaldo Ricci e família residiam na Rua Rio Grande do Sul, seu irmão Osvaldo e família residiam na Rua Barão, esquina com a Travessa Santa Cruz. Outro irmão, Reinaldo e o pai Vicente eram proprietários do bar da Barão, na esquina com a Rua Espírito Santo.

Nessa mesma época, também moradores da Rua Barão do Campo Místico, a família Meira, o casal José Luís e Maristela Benedita e os filhos Norma, Ronaldo, Roberto, Neida, Rovilson e Ricardo, residentes na casa nº 262. O pai da família Meira foi um senhor bem conceituado na cidade, membro da corporação da polícia militar do Estado, tratado por sargento Meira. A primeira casa da Rua Barão a ter televisão foi a do sargento Meira, por volta dos anos 60, quando toda a vizinhança ia nessa casa para assistir à novela “O direito de Nascer”. Além do novo entretenimento eletrônico, também havia uma diversão entre os jovens, com os bailinhos em casa, ao som de uma vitrola, com os cantores da época, com destaque para o rei do rock, Elvis”.⁵³

Brincando de bola e correrias com os outros moleques, Edson Ricci, ia à casa de seu tio na Rua Barão, ainda meio moleque, meio mocinho, como eram chamados os rapazotes, com seus 15, 16 anos de idade. Já na fase adulta, quis o destino que daquelas primeiras paqueras com a moça Norma Meira, mais tarde surgiria o namoro, seguido do enlace matrimonial.

No início da vida conjugal, moraram aqui em Poços, onde nasceram e foram criados seus três filhos: Adriano, Juliano e o caçula Sandro. O casal Edson e Norma, ambos servidores públicos, se mudaram para Brasília. Lá os filhos criados seguiram o curso da vida, e o Sandro se formou e se especializou como árbitro de futebol.

O autor reside na rua Barão do Campo Místico.*