Passagem do transporte público está R$ 0,30 mais cara a partir de hoje
Desde a zero hora desta quarta-feira, dia 13 de janeiro, o preço da passagem do transporte público urbano em Poços de Caldas está R$ 0, 30 centavos mais caro.
Mesmo com o reajuste de 10% anunciado na semana passada, muita gente não estava sabendo do aumento, como foi o caso de Andreza de Paula que achou a alteração do valor da passagem abusiva, ainda mais agora que está desempregada e precisa usar o serviço.
A cuidadora de idosos, Maria Beatriz Carvalho, também achou o preço caro. Ela que mora no Jardim Kenedy gasta quatro bilhetes por dia para ir e voltar do trabalho que fica no Santa Clara. A passagem é paga pelos patrões, pois se ela tivesse que arcar com o transporte a despesa iria pesar no orçamento familiar. Ela acha necessário o aumento, mas gostaria que a qualidade do serviço também fosse proporcional.
Já a aposentada Celina Inácio Cruz não paga pelo transporte, mas mesmo assim acredita que para maioria dos usuários o aumento vai impactar em muito, pois mesmo com o aumento do salário mínimo, o trabalhador já tinha que equilibrar as contas com o aumento dos alimentos e principalmente a energia elétrica.
O reajuste de 10% concedido pela prefeitura visa manter o equilíbrio financeiro do sistema de transporte coletivo urbano e garantir a qualidade do serviço. A correção se refere ao repasse da inflação do último ano, principalmente ao aumento nos preços dos combustíveis e demais insumos, como pneus, além do reajuste de 11% no salário mínimo.
A empresa Circullare, concessionária do serviço, havia solicitado uma correção de 16,7%, o que significaria uma tarifa de R$ 3,50, mas a prefeitura avaliou a planilha de custos do sistema e para diminuir o impacto do reajuste para os usuários, estabeleceu o índice de 10%, indo de R$ 3,00 para R$ 3,30.
Segundo o prefeito Eloísio do Carmo Lourenço este índice garante a reposição das perdas e oferece à empresa as mesmas condições de trabalho, com a possibilidade de dar prosseguimento, inclusive, às negociações com os empregados, além de garantir também a qualidade do serviço prestado. Caso a correção não fosse feita, poderiam ocorrer outras consequências seriam como, por exemplo, a redução das linhas com menor utilização e a diminuição do transporte especial para deficientes, uma vez que grande parte da frota já conta com adaptação.