Pesquisa do PROCON constata alta no preço do arroz, óleo de soja e das carnes
A mais recente pesquisa de preços realizada pelo PROCON constatou alta no preço de alguns itens que compõem a cesta básica em relação ao levantamento realizado no mês de julho. O arroz tipo 1 de 5 k, por exemplo, está R$ 1,67 mais caro. O preço varia de R$ 16,99 a R$ 19,25.
Além do arroz, que faz parte da base alimentar do dia a dia do brasileiro, o óleo de soja é outro vilão dos preços altos. O produto está custando entre R$ 4,69 a R$ 5,25 o litro. Já o tomate que sempre levou a fama de mais caro, desta vez também sofreu uma alta de R$0,85. O quilo varia de R$ 1,79 a R$ 7,99.
A pesquisa de preços da cesta básica é realizada pelo PROCON nos 10 principais supermercados e atacarejos de Poços de Caldas. Apesar da alta de alguns produtos da cesta básica, segundo o levantamento do PROCON, os preços de forma geral sofreram uma queda de 2,47% comparado com o mês de julho.
Por outro lado o preço das carnes só tem subido. Desta vez a carne suína é a responsável pela alta. O quilo do lombo, do pernil sem osso foram os que mais subiram. O lombo teve alta de R$ 4,47 o quilo e custa entre R$ 18,99 e R$ 26,90. Já o pernil sem osso está custando R$ 3,90 mais caro. O preço vai de R$ 17,49 a R$ 25,90.
O músculo bovino também sofreu alta de R$ 3,59 o quilo e agora o preço varia entre R$ 25,90 a R$ 37,90.
Curiosamente o preço do contrafilé sofreu queda, mas continua caro. O quilo vai de R$ 35,90 a R$ 42,90. Para ter acesso a pesquisa completa basta clicar aqui
Diante da alta dos preços, principalmente do arroz, do feijão, do leite, da carne e do óleo de soja, a Associação Mineira dos Supermercados (AMIS) emitiu um comunicado informando que a elevação dos preços é o resultado do crescimento das exportações das commodities agrícolas e a diminuição das importações motivada pela valorização do dólar frente ao real. A recente alta dos preços não significa aumento de margens de lucro dos supermercados.
A AMIS por meio da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) vem atuando junto a órgãos do governo federal no sentido de conter esses aumentos.
A ABRAS enviou um ofício pedindo providências ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), como isenção do imposto de importação de tais itens básicos ou ainda adoção de estoques reguladores ao menos enquanto durar o período de pandemia.
Além disso, foi feito um comunicado junto à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, cuja atuação se concentra no planejamento, elaboração, coordenação e execução da Política Nacional das Relações de Consumo esclarecendo o assunto.
A AMIS já comunicou esse assunto também ao PROCON do Ministério Público de Minas Gerais. Em parceria com a ABRAS e associações estaduais, a AMIS pleiteia junto à Senacon, ainda, que sejam adotadas medidas para manter o abastecimento de produtos básicos à população brasileira, a preços justos e competitivos.
A AMIS ainda sugere aos supermercadistas que tenham uma atitude de negociar ao máximo com o fornecedor e que tenham sempre as notas fiscais dos itens adquiridos para fins de comprovação junto a possíveis questionamentos por parte órgãos de defesa do consumidor.
A entidade vem, ainda, atuando no sentido de preservar a imagem do setor, esclarecendo ao consumidor, por meio da imprensa e de seus veículos próprios, que os aumentos de preços não são de iniciativa dos supermercados.