Dezembro de 2020, o mais triste dos Natais
*Roberto Tereziano
O ano que se finda traz consigo uma marca que só o tempo poderá amenizar. Como se fossem aqueles períodos marcados por grandes guerras o mundo viveu um tempo dramático para milhões de famílias. Não foram bombas nucleares, misseis poderosos ou coisas que os valham, mas sim o quase invisível vírus, o Covid-19.
Todos os seres humanos, infectados ou não pelo Coronavírus, viram de um momento para outro tudo mudar. Uma doença com poder letal assustador, em poucos meses se disseminou por todo o mundo, não escolhendo suas vítimas. Vínhamos de um período em que milhares de refugiados por guerras, miséria e fome corriam de um lado para outro por vários países, implorando acolhimento.
A Covid-19 fez de todos os homens, bilhões de refugiados, muitos dos quais confinados em suas próprias casas, pois segundo a ciência, era a forma menos vulnerável, mas, mesmo assim confinados num mundo sem fronteiras para a COVID, muitas pessoas ainda foram atingidas pela força microscópica. Imagine que muitos ainda tiveram que se “confinar” a céu aberto, pois nem casas tinham. E quantos se foram? Não há quem não tenha perdido um vizinho, um amigo ou um parente.
Identificado pela primeira vez na China, em poucos meses ele já dera a volta ao mundo, expondo de forma escancarada às mazelas do chamado sistema mundial de saúde. Embora que os cientistas não ignorassem o poder destruidor dos vírus e bactérias, a se comparar com a pandemia que aconteceu com a gripe espanhola em 1918 a Covid-19 ainda surpreendeu e ultrapassou nosso conhecimento, apesar de todos os, chamados, avanços da medicina, conhecedora hoje de potentes antibióticos, mapeamento genético de toda a estrutura humana, e apoio de refinadas ferramentas tecnológicas que mesmo possibilitando estudos acelerados em velocidade jamais vista, foram ainda necessários muitos meses, milhões de mortos e bilhões de infectados.
Grandes laboratórios do mundo inteiro se voltaram para se encontrar uma vacina que imunizasse, ou um medicamento que amenizasse a devastadora força do Coronavírus. Foram meses de incessantes pesquisas e experimentos, informação, desinformação, contrainformação e politização, até que se chegassem às possíveis alternativas que começam a ser usadas e prometem botar um tão esperado controle à pandemia.
É assustador ainda que mesmo diante da clara demonstração da fragilidade humana ante o vírus, dezenas de governantes prepotentes, se julguem com poderes para negar a ciência, usam de preconceitos contra outros povos, ou ainda se ostentam do falso poder financeiro de seus países para se colocar acima de tudo ou de todos. Outros até veem vantagens econômicas para seus governos com os anúncios preliminares de que o vírus atacaria certos grupos mais vulneráveis, principalmente idosos. Um holocausto velado.
Nem a Covid serviu para ensinar de uma vez por todas, para certos “lideres” a sua insignificância. Não houve “superpotência” capaz de impedi-lo.
Milhões de pessoas não poderão mais comemorar natais. Entraram para uma sinistra estatística de mortes. Milhões de famílias terão o Natal mais triste de todos os tempos, e, bilhões de infectados, mesmo que curados terão ainda a grande chance de plena reflexão de o quanto somos frágeis. Porem, todos os seres humanos que sobreviveram e sobreviverem à Covid, infectados ou não, carregarão para o resto de suas vidas esse estranho estado emocional que se abateu em todos. Terão também tempo para refletir; Quem somos nós. Para algumas pessoas seria bom que a vacina não chegasse tão cedo. Às vezes é bom ficar por mais tempo no fundo reflexível do poço, para depois emergirmos como pessoas melhores.
Tomara que os sobreviventes do Coronavírus sejam, a partir de agora, depois do mais triste dos natais, pessoas que se empatizem e sejam apenas pessoas iguais e melhores para viver o “NOVO NORMAL.”
Tamos comedo do que vem pela frente tamos enceguros o mundo parece que vai acabar sem as pessoas saber o que está acontecendo o dinheiro não vale mais nada tudo caro as igrejas abandonadas com os padres revoltodocom os governantes acho que não unirmos em horacao e pedir com fé a Deus que tenha piedade de nós amém 🙏