Polícia Civil apura novas denúncias de abusos sexuais cometidos por professor
A Polícia Civil de Poços de Caldas instaurou um inquérito nesta quarta-feira, 28, para apurar novas denúncias de abuso sexual cometidos por um professor de educação física, que por causa da Lei de Abuso de Autoridade, não teve o nome revelado. O crime teria ocorrido em 2018 na Escola Municipal Sérgio Freitas Pacheco, na Vila Togni.
As vítimas são duas irmãs, hoje com 11 e 15 anos. A família descobriu que elas foram abusadas, depois que a filha mais nova teve uma crise de ansiedade ao reencontrar o professor no fim de semana no Parque Municipal.
Os pais perguntaram sobre o motivo dela ter passado mal e a menina então contou o que tinha acontecido quando ela tinha 9 anos.
A vítima disse que durante as aulas de educação física o professor a molestava e que não contou nada por medo da reação da família. A irmã mais velha também disse ter sido vítima de abuso.
Os pais procuraram a policia. O delegado José Armando Ferraz, responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, ouviu as vítimas e os pais e em seguida instaurou um inquérito para apurar as denúncias.
De acordo com o delegado foram requisitados alguns documentos e o suspeito será ouvido na próxima semana.
Professor já era investigado por importunação sexual
Em outubro de 2019, o mesmo professor foi alvo de uma outra investigação depois de ser acusado de importunação sexual.
Na época o professor tinha 64 anos e foi denunciado por mães de três alunas da Escola Municipal Haroldo Affonso Junqueira, no bairro Santa Rosália.
Na época, as vítimas com idades entre 9 e 10 anos, contaram às mães e à diretora da escola que o professor tinha um tratamento diferente com elas.
Segundo as vítimas ele fazia elogios de corte de cabelo, chegou a segurar na nuca de uma das alunas e ainda segundo o relato de uma das mães ele também chegou a pedir para que as alunas o ensinassem a dançar funk e pediu para que elas dançassem o “quadradinho” para ele.
Na ocasião, após a denúncia e a instauração do primeiro inquérito, o então Procurador Geral do Município, Fábio Camargo, afastou o professor das atividades por um prazo de 60 dias.
Após as novas denúncias, A Prefeitura emitiu uma nota informando que até o momento não foi notificada sobre o caso e aguarda as investigações por parte da Polícia Civil, para eventuais providências necessárias.