Geadas afetam 24 mil produtores rurais mineiros
As geadas do mês de julho, em Minas Gerais, afetaram 257 municípios com áreas em produção de pastagens, grãos, frutas, hortaliças e flores.
Do total de área cultivada no estado com esses produtos, o fenômeno climático afetou em média 31,7%, com prejuízos para cerca de 24 mil produtores rurais.
Este foi o resultado do levantamento realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).
Os grupos que tiveram mais produtores afetados foram os de pastagem, com 16.260, seguido por olericultura (hortaliças), com 3.885 agricultores, e fruticultura, com 2.455.
O levantamento, realizado pelos técnicos da empresa junto aos produtores, mostra que foram afetados 1.235.448 hectares de pastagens, o que corresponde a 36,2% da área total ocupada com este tipo de cultura, nas regiões pesquisadas.
Culturas afetadas pelas geadas
A área plantada com grãos que sofreu o efeito das geadas foi de 192.062 hectares (17,8% do total).
Na fruticultura, a intempérie causou danos em 16.622,7 hectares (28% do total dos pomares).
As geadas também prejudicaram o cultivo de hortaliças (em 13.942,5 hectares, ou 25,9% do total plantado) e de flores. Este segmento foi o mais afetado, proporcionalmente ao total cultivado.
Houve formação de geadas em 13 hectares de floricultura, o que corresponde a 39,5% da área plantada.
A pesquisa foi realizada nas seguintes Unidades Regionais da Emater-MG: Alfenas, Guaxupé, Lavras, Passos e Pouso Alegre, na região Sul do Estado; Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro; Patos de Minas, na região do Alto Paranaíba; Juiz de Fora, na Zona da Mata; São João del Rei, o Campo das Vertentes; e Belo Horizonte, Curvelo, Divinópolis e Sete Lagoas, na região Central.
As Unidades Regionais da Emater são compostas por conjuntos de municípios, constituindo-se em uma microrregião de atuação da empresa. Ao todo, são 32 Unidades Regionais em todo o estado.
Crédito
Em 24,5% dos municípios em que ocorreram as geadas atingindo as lavouras, estima-se que os produtores necessitarão de acesso ao crédito ou ao seguro agrícola.
Em 25,4%, não haverá necessidade desses auxílios e, em outros 50,1% dos municípios ainda não foi possível estimar a necessidade.