Empresário Paulo Molinari é condenado a 25 anos de prisão pelo estupro da própria filha
O empresário Paulo Molinari, de 73 anos foi condenado pela Justiça a 25 anos de prisão em regime fechado. Molinari que cumpre pena desde o dia 16 de março deste ano é acusado de ter estuprado a filha por um período de 18 anos.
A sentença foi proferida pelo juiz José Henrique Mallmann, nesta segunda-feira, 13.
O julgamento foi marcado após a vítima e testemunhas e ainda o empresário serem ouvidos no mês de abril, durante audiência de instrução.
Desde a prisão do empresário, o processo segue em segredo de Justiça.
Após ser denunciado pela filha o empresário teve a prisão preventiva decretada e aguardava pelo julgamento no presídio de Poços de Caldas, onde permanece detido desde o dia 26 de março, depois de ser transferido da unidade de Botelhos.
Entenda o caso:
O empresário foi preso no dia 16 de março deste ano, após a mãe ter feito a denúncia junto à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). O suspeito foi levado para o presídio de Botelhos e após o período de quarentena foi transferido para a unidade de Poços de Caldas
De acordo com a Polícia Civil, o mandado de prisão foi expedido pela Justiça após representação da delegada titular da Delegacia da Mulher. A denúncia foi feita pela mãe da vítima que encontrou um pen drive com gravações dos abusos.
Em depoimento a vítima contou que sofria abusos desde que tinha oito anos de idade e aconteciam na casa da própria vítima ou da avó. Os abusos pararam em 2020.
A vítima disse ainda à polícia que a primeira relação sexual aconteceu quando ela tinha nove anos de idade e que o pai ameaçava tirá-la da mãe e sumiria com os irmãos casos contasse para alguém.
O relacionamento da mãe com o pai não foi duradouro. Quando atingiu a adolescência ela tomou consciência de que “o carinho de pai para filha”, como o suspeito se referia aos abusos, não era normal. O suspeito a ameaçava em deserdá-la ou atropelar a mãe se ela contasse alguma coisa.
Em depoimento a vítima contou ainda que chegou a engravidar, porém foi obrigada a manter relações, pois o suspeito ameaçou de não pagar as despesas médicas durante a gravidez.
A vítima informou que decidiu denunciar o pai depois que a mãe dela encontrou um pen drive contendo vídeos dos abusos. A própria vítima quem gravou. O pen drive está em poder da Polícia Civil como parte das provas no inquérito.
Após depoimento, a delegada que presidiu o inquérito solicitou à justiça que emitisse um mandado de prisão e ainda uma medida protetiva à vítima, para o seu filho, os irmãos e a mãe dela diante as ameaças feitas pelo suspeito.