Operação Erga Omnes: Presos participam de audiência no Fórum

Os 49 réus acusados de participação em uma organização criminosa, que comandava o tráfico de drogas de dentro do presídio de Poços de Caldas foram ouvidos durante uma audiência de julgamento nesta segunda-feira, 29, no Fórum de Poços de Caldas. A previsão era de que o julgamento se estendesse nesta terça-feira, mas todos foram ouvidos na tarde e noite desta segunda.

Para que os 34 detentos, presos durante a operação em julho do ano passado foi preciso um forte esquema de segurança elaborado pela 18ª Região Integrada de Segurança Pública (RISP) uma vez que vários réus cumprem pena nas unidades regionais de Poços de Caldas e região.

A escolta dos detentos até o Fórum contou com 28 policiais penais e varais viaturas e até mesmo um micro-ônibus para o transporte dos réus.

A previsão era de que o julgamento que começou na tarde desta segunda, fosse até esta terça-feira, 30, porém a maioria dos réus optou por permanecer em silêncio e assim os trabalhos foram adiantados e a audiência foi encerrada às 19h30.

De acordo com assessoria da 1ª Vara Criminal, após os depoimentos colhidos nesta segunda-feira, tanto das testemunhas quanto dos acusados será necessário um prazo de 15 a 20 dias para que seja divulgada as sentenças dos 49 réus, acusados de envolvimento com o tráfico. Porém ser for preciso agendar uma segunda audiência o prazo será ainda maior.

Depois do depoimento, todos os 34 detentos foram levados de volta para as unidades penais onde cumprem a pena.

Operação Erga Omnes

A Operação Erga Omnes, que no latim quer dizer Para Todos, foi desencadeada em julho de 2023 e tinha como objetivo combater o tráfico de drogas na cidade.
Durante a operação foram cumpridos 46 mandados de prisão e 76 de busca e apreensão em diversos alvos em 30 bairros da cidade.

Na ocasião a ação mobilizou cerca de 200 policiais de três departamentos da Polícia Civil de Poços de Caldas, Pouso Alegre, Lavras e equipes especializadas de Belo Horizonte, como o Canil e apoio aéreo.
A operação teve início em janeiro de 2023 após levantamentos feitos pela equipe de Inteligência, que interceptou uma ligação de um dos integrantes de uma das organizações para dentro do presídio.
A organização passou a ser monitorada sendo possível identificar os integrantes que comandavam o tráfico de dentro da unidade prisional.

A operação também contou com o apoio da Polícia Civil do Estado de São Paulo, uma vez que foram cumpridos mandados nas cidades do interior paulista.