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Gardênia tem até o fim do mês para apresentar quitação de acertos trabalhistas 

garagem da Gardênia em BH
A empresa, que teve as linhas suspensas por 90 dias, já demitiu 200 funcionários e ainda não fez o acerto – foto divulgação Seinfra

A Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais de um prazo até o dia 30 deste mês para que a empresa de transporte rodoviário Expresso Gardênia apresente os documentos que comprovem a quitação dos acertos dos trabalhadores demitidos e ainda a regularize as parcelas em atraso dos benefícios. 

A determinação foi um dos resultados da reunião de negociação realizada, na segunda-feira, 15, na sede da Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais entre a empresa de transporte rodoviário e representantes dos sindicatos e da federação dos trabalhadores. Na pauta estavam os impactos da recuperação judicial da empresa e seu possível fechamento.      

Durante a reunião, a empresa apresentou todas as dificuldades que enfrenta para manter suas operações. Já os sindicatos reclamam de várias obrigações não cumpridas com os trabalhadores. Aproximadamente 200 colaboradores já foram demitidos e ainda não receberam os valores devidos dos acertos trabalhistas.  

Além disso, os cerca de 300 trabalhadores que permanecem na empresa, estão com pagamento de ticket-alimentação, plano de saúde e parcelas do fundo de garantia em atraso. Ainda segundo os sindicatos, constantemente os salários têm atrasado também.    

Após o debate entre as partes, a SRTE/MG deu prazo de até 30/07 para que a empresa apresente a quitação dos acertos dos trabalhadores demitidos e ainda a regularize as parcelas em atraso dos benefícios.  

Na mesma data será realizada uma nova reunião na SRTE/MG e serão convocados, além dos representantes dos sindicatos e da empresa, o representante do Ministério Público do Trabalho, representantes do Governo do Estado responsáveis pelo transporte rodoviário e autoridades responsáveis pela recuperação judicial da Expresso Gardênia.  

Linhas suspensas 

No último dia 8 de julho, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais derrubou uma liminar da Vara Empresarial e manteve a decisão da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra-MG) de suspender as linhas da Gardenia. 

O desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Junior atendeu ao pedido do governo do Estado de Minas Gerais e suspendeu a decisão da Vara Empresarial do Tribunal de Justiça, que havia dado parecer favorável para que a Gardenia continuasse operando as linhas no Sul de Minas. 

No final de junho, a Seinfra suspendeu por 90 dias todos os contratos da Gardenia com o Estado. Assim, a empresa parou de operar as linhas estaduais operando apenas as linhas federais. E o transporte de passageiros passou para outras empresas. 

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