Prefeitura vai realizar licitação para intervenções no monotrilho

A Prefeitura de Poços de Caldas vai realizar uma licitação para realizar intervenções na estrutura do monotrilho.

O anuncio foi feito pelo prefeito Sérgio Azevedo, que informou na última sexta-feira que pretende licitar a estrutura do monotrilho ainda em 2024, com base em um laudo realizado pela ELC Engenharia LTDA – empresa de Goiânia (GO) contratada pelo município.

O laudo com 61 páginas é assinado por três engenheiros. As inspeções e testes para a emissão do documento foram realizados em três visitas, entre fevereiro e maio deste ano.

O custo estimado para as obras e intervenções necessárias para que o monotrilho possa voltar a funcionar é de R$ 14 milhões.

De acordo com o prefeito, este laudo vai possibilitar o estudo da viabilidade de terceirização e uma futura licitação para conceder a administração da estrutura. “A Prefeitura não pretende investir absolutamente nada, é terceirização assim como foi o turismo, exatamente assim. A única interação que a gente já está fazendo, na verdade, é na beira do rio, os gabiões, que é por segurança da própria Prefeitura, alargamento da calha do rio, é o interesse da cidade e também dando segurança ao monotrilho, como faz parte de um dos itens que o laudo cita, seria essa a contenção do rio perto das bases do monotrilho,” destacou o prefeito.

Projetado para o transporte e turismo

Criado para ser um meio de transporte alternativo e também uma atração turística, o monotrilho foi inaugurado em 1991, dez anos depois do início da sua construção.

O projeto original previa um trajeto de 30 km, porém foram construídos apenas 8 km, ligando o centro da cidade até a zona oeste, no Terminal Rodoviário.

O empreendimento funcionou poucas vezes para teste que foram marcados por incidentes. Em setembro de 2000 o trem descarrilou em uma curva e 19 passageiros ficaram presos e foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Sem uso em 2003 duas pilastras caíram no rio próximo à ponte que liga o Country Club II na zona oeste.

Em janeiro de 2019 a empresa J. Ferreira, responsável pelo empreendimento devolveu a concessão do monotrilho para a prefeitura, que desde então vem estuda a viabilidade de colocar o empreendimento em funcionamento. Na época o empresário que detinha a concessão informou que o investimento no projeto foi de R$ 40 milhões.