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Floramar solicita aumento no valor da passagem para R$ 8,20

O pedido de reajuste de R$ 2,20 está sendo analisado pela Comissão de Análise dos Processos de Revisão Ordinária e Extraordinária – foto Roni Bispo

A Auto Ômnibus Floramar, empresa responsável pelo transporte público em Poços de Caldas-MG pleiteia uma revisão tarifária no valor de R$ 8,20, ou seja, a passagem que hoje custa R$ 6,00 teria um reajuste de R$ 2,20. A solicitação está sendo analisada pela Comissão de Análise dos Processos de Revisão Ordinária e Extraordinária.

Em nota a Floramar informou que a qualquer momento, conforme determina o Contrato de Concessão em vigor, tanto a prefeitura, quanto a concessionária, podem solicitar revisão tarifária via revisão extraordinária. Contudo, na prática, isso vem ocorrendo apenas uma vez por ano.

Nesse ano de 2024, a Floramar pleiteou a revisão tarifária em julho para o valor de R$ 8,20, porém, até o presente momento, a prefeitura não deu uma decisão final.

A empresa ressalta que o transporte coletivo no Brasil passa por um momento extremamente crítico e, nesse cenário, somente municípios que concedem subsídios conseguem manter a passagem em um valor mais acessível ao passageiro. Os exemplos de cidades vizinhas demonstram isso.

Em São João da Boa Vista (SP) a Tarifa Técnica/Remuneratória, que a concessionária recebe no total é de R$ 9,41, enquanto a Tarifa Social, que o passageiro paga, é de R$ 4,90, ou seja a prefeitura subsidia R$ 4,51 desde outubro de 2023.

Em Varginha (MG), desde março de 2023, a Tarifa Técnica é de R$ 6,60 e a Tarifa Social é de R$ 5,00, com a prefeitura subsidiando R$ 1,60. Já em Pouso Alegre (MG), desde julho de 2023, a Tarifa Técnica é de R$ 6,20 e a Tarifa Social é de R$ 3,00, com o subsídio da prefeitura de R$ 3,20.

Já em São Paulo, a Tarifa Técnica atual é de R$ 11,20 e Tarifa Social é de R$ 4,40, com a prefeitura subsidiando R$ 6,80.

Não é difícil concluir que a tarifa em Poços comparada com os municípios da nossa região é a mais cara, porque em nossa cidade não existe a tarifa social (subsidiada).

Diante do atual quadro e se não houver o subsídio, a lógica, infelizmente, é a falência do Sistema de Transporte Coletivo no município, porque a tarifa elevada alimenta o círculo vicioso: o aumento afasta os usuários, enquanto os custos operacionais permanecem inalterados para cumprir a operação do serviço plenamente.

Contudo, na inexistência do subsídio, não resta outra alternativa, senão, a revisão tarifária, o que intensifica a evasão de passageiros.

O resultado é prejudicial para o Município, para a operação e, principalmente, para o usuário, que se vê diante de um serviço ainda mais caro e sem as melhorias necessárias.

Segundo o secretário municipal de Defesa Social, Rafael Tadeu Conde Maria, os integrantes da Comissão de Análise dos Processos de Revisão Ordinária e Extraordinária analisam as planilhas de cálculos e documentos da enviados pela Auto Ômnibus Floramar.

A decisão sobre o novo valor deve ser divulgada na próxima semana, porém o reajuste que geralmente começa a vale a partir de janeiro vai depender da decisão do prefeito.

 

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