Vereadores cobram informações sobre prevenção e saúde mental nas escolas municipais
A saúde mental dos estudantes e da comunidade escolar nas escolas municipais de Poços de Caldas foram um dos temas debatidos durante a sessão da Câmara Municipal esta semana. Os vereadores Tiago Mafra (PT) e Tiago Braz (REDE) apresentaram requerimentos com teor parecido, cobrando do Executivo informações sobre medidas preventivas e apoio e acolhimento diante de casos críticos, inclusive como suicídios registrados na cidade.
O vereador Tiago Mafra (PT) solicitou informações da Prefeitura sobre a existência de um diagnóstico e de um plano estruturado de prevenção, cuidado e pósvenção nas escolas. Ele defendeu ações imediatas e articuladas às políticas de saúde e assistência social.
Em razão de relatos e eventos críticos recentes envolvendo estudantes de diferentes regiões da cidade, o parlamentar destacou a necessidade de trazer o tema às discussões municipais. “O momento atual pede medidas emergenciais e iniciativas que acolham toda a comunidade escolar. Diante de um cenário de grande preocupação, apresentamos uma proposição que cobra esclarecimentos, ao mesmo tempo em que colocamos o Legislativo à disposição para auxiliar, dentro de suas competências, nesse processo”, ressalta o vereador.
Mafra questiona, entre outros pontos, se a administração possui levantamento oficial de ocorrências graves relacionadas à saúde mental de estudantes na rede municipal, nos anos de 2024 e 2025, e quais medidas estão em curso (acolhimento psicossocial, ampliação de escuta qualificada, presença de equipes técnicas nas unidades, ajustes de rotina escolar e apoio às equipes gestoras).
Já o vereador Tiago Braz (REDE) busca compreender as medidas adotadas diante de recentes ocorrências envolvendo estudantes da rede municipal, que abalaram profundamente a comunidade escolar e reacenderam o debate sobre a importância do cuidado com a saúde mental nas instituições de ensino.
No documento, o vereador também solicita dados sobre o número de casos de autolesões e situações de vulnerabilidade emocional registradas em 2025, bem como informações sobre os programas municipais voltados à promoção do bem-estar, ao suporte psicológico oferecido a alunos, famílias e professores, e às capacitações dos servidores da rede de ensino para identificar sinais de sofrimento emocional.
Entre os questionamentos, também estão pedidos de esclarecimento sobre as parcerias do município com instituições especializadas, o funcionamento de rodas de conversa e grupos de apoio, e as medidas de acompanhamento psicossocial realizadas após as ocorrências nas escolas.
Para Tiago Braz, a iniciativa tem o objetivo de provocar o município para que ocorram mais ações de prevenção ao suicídio nas escolas. ”Quando lidamos com questões tão delicadas envolvendo jovens, não podemos tratar como casos isolados. É dever do município garantir essa estrutura e oferecer condições para que nenhum jovem se sinta desamparado”, enfatizou Braz.
Os dois vereadores reforçam a importância da comunicação institucional com famílias, rede de proteção e imprensa para evitar sensacionalismo, reduzir riscos e orientar o cuidado.
