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Injúria racial: Justiça realiza audiência após vítima denunciar ofensas racistas

Após as ofensas racistas, Cristina denunciou o caso à Polícia – foto acervo pessoal

Está marcada para o dia 10 de dezembro uma audiência na 1ª Vara Criminal e de Execuções Criminais da Comarca de Poços de Caldas como parte do processo de injúria racial cometida contra uma comerciante de 36 anos, em 2024.


A vítima, Cristina Ferreira Paladini procurou a Polícia Civil depois que foi chamada de “urubu e encardida” pela ex-mulher do seu atual noivo. A injúria foi cometida via mensagem de aplicativo.
A acusada ainda foi até o estabelecimento comercial da vítima, no Parque Esperança, na zona sul da cidade e a chamou de “macaca”. A Polícia Miliar foi chamada e mais um boletim de ocorrência foi registrado.

A comerciante printou as conversas com as ofensas e registrou um boletim de ocorrência. No início deste ano, as envolvidas foram ouvidas pela Polícia Civil.

Após as ofensas racistas, a comerciante que também é professora de educação física ficou emocionalmente abalada e precisou de acompanhamento psicológico. “Além de mandar as mensagens, a ex do meu noivo veio aqui no meu lanche e me chamou de macaca. Fiquei abalada emocionalmente com as injúrias e ofensas racistas, precisei de ajuda psicológica. Mesmo assim não fiquei calada e denunciei as injúrias à polícia. Agora espero que a Justiça seja feita, e que sirva de exemplo para que as pessoas não desrespeitem ou menosprezem as outras simplesmente por causa da cor da pele,” disse Cristina.


Este ano ela passou a fazer parte da Rede de Promoção da Igualdade Racial e foi acolhida pelos integrantes e receberá apoio durante a audiência.

A Rede de Promoção da Igualdade Racial bem como a Divisão de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e Étnica tem acompanhado de perto os casos de injúria racial e racismo e acolhidos as vítimas em Poços de Caldas.

Como foi com a técnica de enfermagem, Najila Passos da Silva, de 31 anos, chamada de “urubu preto” por uma paciente no hospital, que trabalhava em março deste ano.
A paciente foi condenada pela Justiça em 1ª Instância por injúria racial e danos morais e terá que pagar R$ 6 mil pelos danos morais causados à técnica de enfermagem. A decisão ainda cabe recurso.

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