Ex-diretor de Turismo deixa o presídio de Poços de Caldas

Já está em casa o ex-diretor de Turismo de Poços de Caldas, Hugo Ribeiro Rêgo, de 48 anos após a Justiça conceder liberdade provisória ao ex-diretor, que estava preso desde o dia 13 de agosto deste ano após a operação Castelo de Cartas, desencadeada pela Polícia Civil. Rêgo deixou o presídio de Poços de Caldas no fim da manhã desta quinta-feira, 27, e cumprirá medidas restritivas.
Hugo Ribeiro Rêgo, que ocupava cargos de comissão na administração municipal anterior é acusado de cobrança indevida de dinheiro de empresas interessadas em se instalar no distrito industrial da cidade, conforme denúncia feita pelo Ministério Público, quando Rêgo exercia o cargo de gerente da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SEDET).
De acordo com a advogada do acusado, Karla Felisberto Mariano, a Justiça concedeu a liberdade provisória após um pedido da defesa, depois que o processo passou a tramitar na Justiça Eleitoral, uma vez que foram constatados indícios de suposta prática de crime eleitoral, como, por exemplo, o Caixa 2.
A advogada informou que o processo, que passou a ser de competência da 32ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte segue em sigilo, porém a soltura do cliente não tem relação com nenhum tipo de delação premiada. “Não foi um Habeas Corpus, e sim um pedido da defesa ao juiz da causa, na 32ª Zona Eleitoral, esclarecendo que os requisitos da prisão preventiva não estavam mais sendo cumpridos, e após análise, o juiz deferiu o pedido da defesa e a prisão foi revogada,” explicou a advogada Karla Felisberto.
A denúncia
Após as investigações da Policias Civil, que deflagou a Operação Castelo de Cartas, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu denúncia contra um ex-gerente da SEDET de Poços de Caldas, Hugo Ribeiro Rêgo, por suspeita de cobrança indevida de dinheiro de empresas interessadas em se instalar no distrito industrial da cidade. A filha dele, de 26 anos também foi denunciada por participação no esquema.
Pela denúncia apresentada pela Promotoria de Justiça Criminal de Poços de Caldas, o ex-gerente, que trabalhou como comissionado na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação (SEDET), utilizava sua posição para se apresentar a empresários como responsável por um programa de doação de terrenos.
O ex-gerente, que tinha cargo comissionado conduzia as vítimas até os lotes e as convencia sobre a doação, mas exigia uma “contraprestação” financeira. Para dar a impressão de que o esquema era legítimo, o denunciado entregava às vítimas atas falsificadas do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Industrial (CDEI).
No entanto, a procuradoria do Município constatou a falsidade dos documentos, que não tinham assinaturas e continham informações inexistentes nas atas originas. Segundo a denúncia, confiando na documentação falsificada, as vítimas fizeram pagamentos por meio de transferências bancárias via Pix, cheques e depósitos em espécie.






