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Acusada de matar bancário vai a júri popular

fachada Fórum Poços de Caldas
A audiência de instrução foi realizada no dia 22 de maio deste ano – foto Roni Bispo

O Juiz da 2ª Vara Criminal e da Infância e Juventude da Comarca de Poços de Caldas-MG, José Henrique Mallmann, decidiu nesta sexta-feira, 18, pela realização do julgamento de Natasha Cristina Curimbaba, indiciada pela morte do bancário Pedro Granato, em junho de 2024.


A decisão pelo julgamento é resultado da audiência de instrução realizada no último dia 22 de maio no Fórum de Poços de Caldas-MG. Natasha virou ré será submetida a júri popular acusada de cometer homicídio.

Além da suspeita, durante a audiência foram ouvidas dez testemunhas de acusação, entre elas os policiais civis e militar, funcionários do condomínio onde a vítima morava, a cabelereira, o patrão da vítima e ainda a mãe e a irmã de Granato e  ainda nove testemunhas de defesa. Na ocasião, a acusada permaneceu em silêncio.

A defesa de Natasha sustentou sua inimputabilidade por doença mental, com a apresentação de laudos psiquiátricos e psicológicos diagnosticando transtorno de personalidade borderline, transtorno psicótico e dependência química, comportamento observado desde a infância da suspeita. O perito de defesa afirmou, que no momento do crime, Natasha apresentava capacidade reduzida de autodeterminação e de entendimento.

De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, após a audiência de instrução, Natasha retornou para o Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena, para onde foi transferida após a prisão em 2024.

Indiciamento

A suspeita foi indiciada em outubro do ano passado depois que o inquérito foi concluído pela Polícia Civil. As investigações apontaram que Natasha foi responsável pelo golpe de faca que atingiu o pescoço da vítima, levando-a à morte.

De acordo com a Polícia Civil, durante as diligências, os investigadores localizaram o carro utilizado pela suspeita numa propriedade rural da família, na zona rural de Poços de Caldas.

No veículo, foram encontradas manchas de sangue na maçaneta, reforçando a suspeita contra ela. Com base nas evidências, a jovem foi indiciada por homicídio doloso qualificado, uma vez que a vítima foi impossibilitada de se defender.

Ao fim das investigações, a autoridade policial solicitou um exame de sanidade mental da suspeita, o que resultou na constatação de sua inimputabilidade, ou seja, no momento do crime, a jovem não tinha plena capacidade de entender as ações, que resultaram na morte do namorado.

A suspeita foi presa em uma clínica de recuperação na Região Serrana do Rio de Janeiro.

Passagens por lesão corporal 

Na ocasião do indiciamento, o delegado Cleyson Rodrigo Brene destacou  que a suspeita tinha duas passagens pela polícia por lesão corporal depois que esfaqueou um namorado e a mãe dele em Machado e também uma amiga, nos dois casos ela utilizou uma faca para ferir as vítimas, como ocorreu com o bancário, porém o esfaqueamento resultou na morte da vítima.

O crime   

O bancário foi encontrado na noite de domingo, 28 de junho por dois rapazes que passavam de carro na Rua Nacib Nacle, no Parque Vivaldi Ribeiro Leite.

A vítima havia caído de um barranco do Morro do Chapéu e sangrava muito na região do pescoço.

Os ocupantes do carro contaram à PM que tinham a impressão de que ele fugia de alguém.

A PM foi acionada e os policiais realizaram uma varredura pelas proximidades a procura de possíveis envolvidos, mas ninguém foi encontrado.

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