Acusado de matar a noiva é absolvido após julgamento

O réu Cassio de Souza Ribeiro acusado de matar a noiva, Daniele Aparecida Capelaria Plachi, de 33 anos em uma cachoeira em Bandeira do Sul em novembro de 2016, foi absolvido durante o julgamento realizado nesta quarta-feira, 2, no Fórum de Campestre-MG.
O julgamento presidido pelo juiz Dr. Valderí de Andrade Silveira terminou já no início da noite, e às 18h21 Conselho de Sentença considerou que não havia provas suficientes para condenação e decidiu pela absolvição, após ler a sentença.
O réu, preso desde janeiro de 2022, cumpria pena em Jundiaí-SP, após ser indiciado pela Polícia Civil. Após a sentença a Justiça determinou que o alvará de soltura fosse expedido.
O promotor Dr. Danilo Tartarini Sanches, representando o Ministério Público deve recorrer da decisão.
Na época, a investigação realizada pela Policia Civil de Campestre apontou a maquiadora de Poços de Caldas-MG, havia sido vítima de feminicídio e não de um acidente, como havia relatado o noivo.
Entenda o caso:
Em novembro de 2016, a maquiadora Daniele Aparecida e o noivo Cássio de Souza Ribeiro foram até a cachoeira do Rio Pardo, na zona rural de Bandeira do Sul para um passeio.
Porém, após a investigação realizada pela Polícia Civil na época apontava para feminicídio e não acidente.
Segundo o delegado Tales de Souza Moreira, a equipe responsável pela investigação, por meio dos elementos obtidos, incluindo diversos depoimentos, laudos periciais e reconstituição dos fatos pela perícia criminal, conseguiu demonstrar as contradições do investigado.
De acordo com o delegado, durante as apurações foi levantado que o relacionamento mantido com a vítima era conturbado e que o investigado seria ciumento e possessivo. “Além disso, o celular da vítima foi periciado no Instituto de Criminalística da PCMG e não foram encontradas ‘selfies’ do casal, como alegado pelo investigado. Diversas outras contradições levaram à conclusão pelo homicídio e não apenas um acidente”, explicou o delegado após a conclusão do inquérito.
O inquérito policial foi concluído com indiciamento do suspeito pelo crime de feminicídio, qualificado pelo afogamento.
Diante dos fatos, o noivo foi preso em um bar em Poços de Caldas e levado para o presídio de Alfenas-MG.