Advogada que atirou em companheiro se apresenta à Polícia Civil

Poços de Caldas-MG – A advogada de 53 anos, que atirou no companheiro, de 30 anos na manhã desta segunda-feira, 1º, se apresentou na tarde de hoje na Delegacia de Polícia Civil de Poços de Caldas. A advogada, Selma Alves Ferreira disse à delegada, Juliane Emiko que vinha sendo vítima de ameaças há dois anos e meio, tanto física, emocional quanto patrimonial e temendo pela própria vida, atirou em João Felipe Lopes Gimenez. Os disparos atingiram a cabeça e o pescoço.
Após os fatos, a autora apresentou-se voluntariamente na Delegacia de Polícia Civil, entregou a arma utilizada no crime e confessou ter atirado no companheiro.
Ainda segundo a Polícia Civil, uma testemunha presencial já foi formalmente ouvida, confirmando a dinâmica narrada pela advogada.
A perícia oficial realizou os trabalhos de praxe no local e colheu vestígios que subsidiarão os laudos técnicos.
A Polícia Civil instaurou inquérito policial para a completa apuração dos fatos e aguarda a conclusão dos laudos periciais e de necropsia.
A autoridade policial realizou a oitiva formal da advogada, apreendeu a arma, coletou elementos probatórios e prossegue com o inquérito.
Considerando que a autora se apresentou espontaneamente na delegacia, não se observou hipótese de flagrante delito, razão pela qual foi liberada após a oitava e esclarecimentos.
O corpo de João Felipe Lopes Gimenez será sepultado nesta terça-feira, 2, no Cemitério Municipal em Divinolândia-SP.
Homicídio
O homicídio ocorreu na manhã desta segunda-feira, 1º, após uma discussão entre o casal em uma casa, que fica em um condomínio no bairro Terras de Santo Antônio, na zona rural entre Caldas e Poços de Caldas.
De acordo com a Polícia Militar, uma equipe foi até a rua das Torres, acionada por testemunhas que contaram que a vítima chegou ao local exaltada, proferindo ameaças contra a companheira, de 53 anos. Minutos depois, a suspeita chegou à residência e, após discussão com a vítima, efetuou dois disparos, possivelmente com uma pistola calibre .380, atingindo-o na região da cabeça. O óbito foi constatado pela equipe do SAMU.
No local os policiais observaram que a área apresentava sinais de desordem e danos, sugerindo conflito prévio. A Perícia Técnica compareceu e realizou os trabalhos de praxe, recolhendo dois estojos deflagrados e o telefone celular da vítima.
Um prestador de serviços na propriedade relatou à PM um histórico de conflitos entre o casal, inclusive registros anteriores envolvendo ameaças.
A testemunha informou ainda que a autora acionou o SAMU e a Polícia Militar logo após o fato, porém deixou o local afirmando que se apresentaria posteriormente na Delegacia de Polícia Civil.
Durante o rastreamento, a suspeita fez contato telefônico com a testemunha, alegando que a arma utilizada já teria sido entregue ao advogado dela. A suspeita informou ainda que tinha um relacionamento instável com a vítima há aproximadamente um ano e meio.
Ainda por telefone a suspeita informou que o companheiro vítima fazia uso de medicamentos controlados e bebidas alcoólicas, e a ameaçava por questões relacionadas a um processo de inventário.
No dia anterior, o companheiro teria danificado o portão da propriedade e arremessado pedras, fato registrado pela PM, porém a vítima fugiu antes da chegada da guarnição.





