Arte-educador Mário Castro Jr. recebe prêmio estadual pelos 30 anos de trajetória no Hip Hop

O arte-educador e agente cultural Mário Castro Jr. (Zulu Marujo), foi homenageado com uma das mais importantes premiações da cena cultural estadual, o reconhecimento do Governo de Minas Gerais aos seus 30 anos de trajetória no Hip Hop. Ele recebeu o prêmio na categoria Reconhecimento de Trajetórias na Cultura Hip Hop, pelo Edital Raízes de Minas da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura.
Segundo o parecer da Secult/MG “os documentos apresentados comprovam mais de 30 anos de atuação no segmento, demonstrando plenamente sua continuidade, adequação, consistência, relevância cultural e impacto na comunidade. Comprova ainda a transmissão de saberes, a continuidade das ações e a replicação no cenário artístico local com histórico consolidado e atuação significativa”.
Pioneiro no uso do Hip Hop como ferramenta de transformação social e educativa, Mário Castro Jr. começou sua caminhada na cultura urbana ainda no fim dos anos 1980, colecionando discos, riscando tags (assinaturas), aprendendo os primeiros passos da dança Breaking e, posteriormente, como dançarino em grupos (Crews) de São Paulo e Minas Gerais. Mais adiante, iniciou sua trajetória como arte-educador em projetos comunitários, oficinas e escolas nas periferias.

“O Hip Hop deu sentido à minha vida e hoje eu o uso para tentar dar sentido a outras. Levar cultura, arte, consciência e educação para as quebradas é minha missão”, destaca Zulu Marujo. Ao longo dessas três décadas, Mário Castro Jr. impactou diretamente a vida de milhares de jovens, promovendo a inclusão social por meio da arte, da cultura e da educação. Seus projetos abordam ritmo, consciência corporal, sensibilização artística pelo graffiti, além de temas como combate ao racismo, igualdade social, valorização da identidade e dos direitos humanos.
O prêmio representa não apenas um reconhecimento à trajetória pessoal do arte-educador, mas também uma vitória da cultura periférica e do Hip Hop como instrumento legítimo de transformação social, além de seu papel fundamental na manutenção e transmissão da verdadeira essência da Cultura Hip Hop: paz, amor, união e diversão com responsabilidade.