Aumento da refeição no Restaurante Popular passa valer a partir de 1º de dezembro
A partir do dia 1º de dezembro, o valor da refeição no Restaurante Popular vai passar dos atuais R$ 2,00 para R$ 5,50, segundo informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Poços de Caldas. O aumento de R$ 3,50 por refeição faz parte do pacote de medidas para reduzir as despesas do município, anunciado pelo prefeito Sérgio Azevedo, no último dia 30. Após a grande repercussão negativa causada pelo anúncio, a Secretaria Municipal de Promoção Social divulgou, na última quinta-feira, 1º, que as famílias de baixa renda, com as devidas comprovações, devem continuar almoçando pelo valor de R$ 2,00.
Segundo consta do texto distribuído pela Secretaria Municipal de Comunicação Social, as pessoas de baixa renda vão continuar almoçando diariamente por R$ 2 no Restaurante Popular, mas agora terão que apresentar uma carteirinha que será fornecida pela Secretaria de Promoção Social. Para ter acesso ao benefício, os frequentadores do Restaurante Popular deverão estar inscritos no programa Bolsa Família, do Governo Federal.
Os aposentados que recebem um salário-mínimo também terão direito a carteira do estabelecimento para ter acesso ao desconto. O documento poderá ser retirado nas unidades do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). Quem estiver desempregado também poderá receber a carteirinha, mas apenas ao realizar o cadastro no Bolsa Família. Ainda segundo informações da Secretaria Municipal de Promoção Social, as pessoas em situação de rua têm acesso a três refeições gratuitas no Centro Pop, e a cinco nas entidades conveniadas que as acolhem.
As mudanças no funcionamento do Restaurante Popular ainda não foram regulamentadas pela Prefeitura. Até o momento, não há nenhuma publicação sobre o tema no Diário Oficial do município. Durante este mês, os usuários deverão ser orientados sobre as novas regras no próprio restaurante, que funciona de segunda a sábado, das 11h às 14h, no pátio do Mercado Municipal. Outras informações podem ser obtidas nos CRAS distribuídos pela cidade: CRAS Centro (3697-2240); CRAS Leste 1 (3713-6098); CRAS Leste 2 (3697-2242); CRAS Oeste (3697-4230); CRAS Sul (3697-2855); CRAS Sul Apoio (3715-7912) e CRAS Sul Apoio 2 (3697-2632).
O Restaurante Popular Elza Monteiro Ferreira fornecia refeições a baixo custo subsidiadas pelo município desde a sua inauguração, em 2008, dentro da política nacional de segurança alimentar.
O anúncio do reajuste gerou grande repercussão, principalmente entre as pessoas que almoçam no restaurante diariamente e foram surpreendidas com o reajuste de 175% no valor da refeição, que impacta diretamente no bolso e na qualidade de vida dos usuários do local. O assunto será tema de discussão na próxima sessão da Câmara, nesta quinta-feira, 8. Os vereadores Joaquim Alves (MDB), Mauro Ivan de Oliveira (PSB), Paulo Eustáquio de Souza (MDB), Maria Cecília Opípari (PT) e Paulo Tadeu D’Arcadia (PT), elaboraram uma Moção de Apelo solicitando ao Executivo que reavalie o corte do subsídio por parte da Prefeitura.
Os vereadores criticaram a medida e sugeriram que o corte de gastos seja feito em outras áreas, caso necessário. “O que falta é uma melhor gestão dos recursos, na medida em que o crescimento da receita do município é consistente. O município teve uma arrecadação de R$ 543 milhões em 2016, de R$ 513 em 2017 e vai ser de R$ 558 milhões em 2018. Há um crescimento evidente, a receita tributária do município sai de R$ 104 milhões em 2015 para R$ 131 milhões em 2018. O que precisa saber é para onde está indo esse dinheiro. Cortar da população carente é muito fácil”, concluíram os vereadores.
A medida, segundo o prefeito Sérgio Azevedo, visa priorizar o investimento público, uma vez que o município se encontra em situação de emergência financeira. Segundo o prefeito, a economia gerada com essa medida, cerca de R$ 1,5 milhão por ano, deve proporcionar a construção de uma nova creche, priorizando o investimento em educação no município.
Por que não cortam ou diminuem os próprios salários? Por que não cobram os impostos atrasados de quem tem dinheiro? Um certo empresário dono de hotéis e um parque na cidade não paga o IPTU milionário devido e nós é que pagamos a conta?