Com vagas de CTI para covid lotadas, Santa Casa alerta para falta de medicamentos
A Santa Casa de Poços de Caldas chegou ao limite máximo da capacidade dos leitos de UTI Covid, nesta sexta-feira, 26. Com os 20 leitos de UTI para casos de covid ocupados, o hospital também passou a usar outros 14 leitos de UTI convencional também estão ocupados.
Além disso, as enfermarias estão com quase 80% de ocupação, as cirurgias eletivas estão canceladas e estão sendo feitas apenas cirurgias de urgência e cirurgias oncológicas.
O aumento da demanda também trouxe outra preocupação: a falta de medicamentos para o tratamento de pacientes com Covid. “A grande preocupação do dia de hoje é que está acabando uma medicação, que é um sedativo que se usa dentro da UTI, que é o Midazolam, medicação extremamente importante para a sedação dos pacientes que estão em ventilação mecânica. Estamos muito preocupados, porque o mercado não está fornecendo mais essa medicação, não tem possibilidade de compra dessa medicação e os poucos substitutos que existem nós estamos tentando comprar, mas com muita dificuldade”, explica o diretor técnico do Hospital, Dr. Alberto Volponi.
Na semana passada o hospital recebeu uma doação dos medicamentos em falta, após um pedido feito pelo vereador Kleber Silva( Novo) junto à Secretaria de Estado de Saúde, mesmo assim a quantidade enviada não é suficiente para suprir a demanda.
Ao todo foram enviadas 1.200 unidade do medicamento Atracúrio, utilizado para a sedação do paciente durante a intubação endotraqueal e ventilação artificial. Também foram enviadas 5 mil unidades de Midazolam e ainda 7 mil unidades de Fentanil, ambos também utilizados na sedação de pacientes e na sedação.
“Já notificamos as autoridades competentes, sabemos que é um problema nacional, sabemos que isso já chegou no Ministério da Saúde e parece que existe uma possibilidade do Ministério transferir essas medicações. O fato é que hoje acaba esta medicação e teremos que trabalhar com substitutos que temos uma reserva relativamente baixa, para poucos dias. É importante que a sociedade saiba que a UTI é composta por recursos humanos, equipamentos e medicamentos e este ítem faltando vai comprometer a qualidade do atendimento.
Por isso, estamos colocando isso a público para que medidas possam ser tomadas no sentido de que não faltem esses medicamentos e a gente consiga continuar atendendo todas as demandas de Covid, tanto do Município quanto da Região”, completa Dr. Alberto Volponi.