Da Vince e Filisberti – Curiosidades entre dois mestres da pintura

O ano de dois mil e vinte marcou quinhentos e um anos da morte de Leonardo Da Vince,  e quarenta e um da morte do nosso artista maior o pintor Bruno Filisberti. Pensando em ambos  lembrei-me de uma rápida analogia que eu havia feito, ainda jovem, quando da morte de Bruno Filisberti, com certas curiosidades entre Leonardo Da Vince e  ele, a começar pelos nomes com o mesmo  número de letras, quinze, escolha pelo  mesmo seguimento da arte e outras coincidências na trajetória de vida de ambos.

 Tanto Da Vince quanto Bruno, foram de alguma forma, ligados a Itália. Leonardo nasceu naquele país e Bruno, também filho de italiano, e com fortes suspeitas de ter nascido no navio que trouxe seu pai para o  Brasil. Se nasceu em navio italiano seria também genuinamente  italiano. Embora tenha sido registrado em Poços de Caldas, quando já tivesse onze anos, como tendo nascido em Mococa-SP.

 Ambos tiveram, desde muito cedo, dificuldades com moradia e viviam em casas de terceiros, quase como adotados.

Ambos começam  ainda criança,  se envolver com a arte do desenho.

Tanto Leonardo quanto  Bruno tiveram muito cedo problemas com o relacionamento familiar. (Leonardo, filho ilegítimo de Piero Da Vince e uma serviçal chamada Cleonice.)  Pouco se sabe sobre ela. Cresceu, praticamente, sem contato com a mãe e por pouco tempo apenas com o pai e depois com terceiros.

 Bruno perde a mãe quando ainda era criança, passou por pouco tempo a viver apenas com o pai que se envolveu em uma, pouco esclarecida, ocorrência policial, deixando o menino aos cuidados de terceiros pelo resto da vida.

Pouco se sabe também sobre a mãe de Bruno Filisberti. Cleonice, sua mãe, morreu durante a pandemia da gripe espanhola de 1918 quando ele tinha apenas seis anos.

Os nomes das mães de ambos têm oito letras cada, e ambos começam com a letra “C” e terminam com a letra “E”.

Tanto  Da Vince quanto Bruno Filisberti perdem completamente o contato com seus pais.

Ainda meninos os dois foram observados através de seus desenhos e apresentados a professores que imediatamente reconheceram o potencial dos futuros artistas.

 Da Vince foi notado por Piero Da Vince e levado para o mestre Andrea

Verrochio, e Bruno observado pelo artista gráfico  Elvino Pocai, foi levado para o  professor Ângelo Guazeli, seu primeiro professor.

Ambos se desenvolveram em várias profissões além da pintura. Leonardo foi músico, Bruno também. Da Vince e Bruno foram escultores, ambos se envolveram com construção civil, e ambos tiveram trabalhos ligados à gastronomia.

Ambos  tiveram sempre grande ligação e respeito dos  pintores de seu tempo.

Ambos optaram pela vida de solteiro, e pouco  se sabe sobre a vida amorosa ou quaisquer relacionamentos. Não deixaram filhos.

Da Vince e Bruno  morrem aos 67 anos deixando vasta obra como artistas dos pincéis.

Ambos morrem no mês seguinte aos seus últimos aniversários. (Da Vince nasce em abril de 1452 e  morre em maio de 1519,

 Bruno nasceu em junho de 1912, e morreu em julho de 1979.

Ambos morreram em um dia dois do mês. Da Vince  morrera   em dois de maio e Filisberti em dois de julho.

 Sempre gostei de achar curiosidades entre pessoas. Tudo começou quando, ainda criança, li uma analogia entre Lincoln e Kennedy, ambos ex-presidentes americanos, e em seguida  publiquei uma analogia entre Cristo e Tiradentes.

Trata-se apenas de um curioso exercício, livre de  interpretações quaisquer, especialmente, doutrinarias.