Discussão para desocupação de acampamento no TG termina com homem baleado

O dono de um imóvel, de 61 anos foi atingido por um tiro na mão durante uma discussão para que a garagem que ele alugou para um acampamento bolsonarista em frente ao Tiro de Guerra em Poços de Caldas fosse desocupado. O disparo foi efetuado por um policial militar que estava de folga.

De acordo com a Polícia Militar por volta das 22h20 deste domingo, 8, o proprietário do imóvel após acompanhar os ataques ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e também ao Supremo Tribunal Federal em Brasília solicitou a locatária, esposa do policial militar que desocupassem a garagem com um banheiro utilizados pelos manifestantes que estavam no acampamento.

Segundo a PM o dono imóvel decidiu pedir a desocupação da garagem após o pronunciamento do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que dizia que os apoiadores do movimento também seriam investigados e responsabilizados pelos atos em Brasília.

Acompanhado pela ex-esposa, que é advogada o dono do imóvel pediu que os manifestantes saíssem da sua propriedade, porém a locatária informou que ficaria até o fim do contrato e que a atitude dele não era legal.

Testemunhas disseram que o dono do imóvel se exaltou e foi até a casa dele e voltou armado com uma espingarda.

O marido da locatária, de 47 anos sacou uma arma e se identificou como policial e ordenou que o dono do imóvel entregasse a espingarda. O mesmo não acatou a ordem e segundo o policial, que estava de folga, o locador apontou engatilhou a arma e apontou para o peito do policial. Foi então que o policial efetuou o disparo atingindo a mão direita do locador. Um dos dedos do locador quebrou com o disparo. A arma caiu no chão e o policial deu voz de prisão ao locador.

Quando a equipe da PM chegou ao local o locador entregou a espingarda e disse que a arma era herança do pai. Ao ser questionado se haveria mais armas em casa ele negou, porém o filho dele entrou aos policiais mais uma espingarda e uma bereta que também estavam no imóvel, além de munições da espingarda de chumbinho. Nenhuma arma estava registrada no nome do locador.

O locador foi levado para a Santa Casa para os cuidados médicos e em seguida foi preso juntamente com o policial militar, que também teve a arma de uso particular apreendida.