Greve: agência central dos Correios está fechada
A agência central dos Correios de Poços de Caldas não terá atendimento ao público nesta quinta e sexta-feira. O fechamento é o reflexo da paralisação dos funcionários, que teve início na última segunda-feira, 17.
Até o momento 29 funcionários do Centro de Distribuição, localizado na Rua Santa Catarina e 7 atendentes da agência central na Prefeito Chagas aderiram à greve. Com o número de funcionários comprometido, o atendimento ao público foi suspenso. No município são ao todo 70 funcionários, sendo 10 na agência central.
Com o fechamento da agência central a população que necessita de serviços postais terá como alternativa as franquias da Rua Pernambuco, 751, ao lado do Fórum e também na Marechal Deodoro, 178.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais, Segundo o sindicato 2.500 funcionários aderiram à paralisação em Minas.
A categoria reivindica melhorias salariais e o restabelecimento de direitos já adquiridos e que foram retirados do Acordo Coletivo de Trabalho por parte da Diretoria dos Correios. Segundo o presidente do Sintect-MG, Robson Silva a Diretoria dos Correios pretende retirar 70 cláusulas do Acordo Coletivo o que vai provocar uma perda de até 60% na remuneração dos funcionários.
A categoria reivindica que a empresa honre o compromisso assinado perante ao TST em outubro de 2019, onde a validade do acordo coletivo seria até dia 31/07/2021, além de melhoria nas condições de trabalho, pois exite até mesmo falta de manutenção dos veículos, falta EPIs, falta de mão de obra após plano de PDV sem reposição, último concurso em 2011
De acordo com A ADCAP – Associação dos Profissionais dos Correios os trabalhadores dos Correios tem, em média, a menor remuneração das estatais federais. Um carteiro ou atendente tem um salário inicial de menos de R$ 1.800,00, o que torna todas as parcelas salariais, como vale alimentação, por exemplo, indispensáveis na composição da renda.
Em nota a ADCAP lamentou o fato dos trabalhadores tivessem chegado a essa medida extrema, com graves reflexos para a sociedade, mas compreende que a condução das relações trabalhistas pela atual direção dos Correios não deixou alternativa para os trabalhadores, diante da tentativa de imposição de uma redução significativa nas remunerações.