Heroína Nacional: Nome de Laudelina de Campos Melo é inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei 14.635, que inscreve o nome de Laudelina de Campos Melo no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O nome da poços-caldense, pioneira na luta pelos direitos dos trabalhadores domésticos agora está no mesmo livro que Rui Barbosa, Santos Dumont, Machado de Assis, Chico Xavier, Luiza Mahin, Dandara dos Palmares, Clara Camarão, Antonieta de Barros, Anna Neri entre outros nomes de personalidades que contribuíram com a história do Brasil.
A lei, que foi publicada nesta quarta-feira (26) no Diário Oficial da União, tem origem no PL.1795/2021, relatado pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) e aprovado na Comissão de Educação (CE) no último dia 20 de junho.
Como o projeto foi aprovado em caráter terminativo, seguiu direto para sanção da Presidência da República, sem a necessidade de votação em Plenário.
A autora da proposta, a então deputada federal e atual vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, justificou a matéria ao exaltar a atuação de Laudelina de Campos Melo como pioneira na luta por direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores domésticos.
Quem foi Laudelina
Nascida em Poços de Caldas (MG) em 12 de outubro de 1904, neta de escravizados, Laudelina abandonou a escola aos 12 anos, quando o pai faleceu em acidente de trabalho, passando a cuidar dos cinco irmãos mais novos. Já aos 16 anos se sobressaiu, sendo eleita presidente do Clube 13 de Maio, que promovia atividades recreativas para a população negra de sua cidade.
A partir de 1936, Laudelina teve uma atuação marcante em movimentos populares reivindicatórios e políticos, filiando-se ao Partido Comunista Brasileiro, ao mesmo tempo em que militava na Frente Negra Brasileira, também um partido político.
Nesse mesmo período ela fundou, em Santos (SP), a Associação das Empregadas Domésticas, primeira entidade voltada à defesa e representação dos trabalhadores domésticos no Brasil. Durante a Segunda Guerra Mundial, inconformada com o nazifascismo, Laudelina se alistou para trabalhar como voluntária nas forças de defesa do país. Ela ainda ajudou a fundar a Associação Profissional Beneficente das Empregadas Domésticas de Campinas (SP). Laudelina morreu em 1991, aos 86 anos.
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Fonte: Agência Senado