Iniciada demolição do Complexo Santa Cruz
O Complexo Santa Cruz, interditado desde abril de 2016 começou a ser demolido na manhã desta quarta-feira, 19, no Bairro dos Funcionários, em Poços de Caldas-MG. O empreendimento, que estava com toda estrutura condenada dará lugar a um centro comercial, com hotel, restaurante, café e salas comerciais.
A demolição está sendo feita pela EVA Construtora, que é responsável pela construção do Centro Administrativo, ao lado do Terminal Rodoviário, na zona oeste da cidade. O Complexo Santa Cruz foi entregue à construtora como parte do pagamento pela obra do Centro Administrativo, com investimento avaliado em torno de R$ 38 milhões.
De acordo com engenheiro responsável pela demolição, Mesaque Rodrigues Manuel, a previsão é de que toda estrutura esteja no chão em 30 dias e após esta etapa, dentro de dois meses toda área estará limpa e preparada para iniciar a construção do centro comercial. “Esta é a previsão de início de trabalho, porém o projeto principal, para a construção do centro comercial está em análise na Secretaria Municipal de Planejamento e aguarda pela aprovação para que a obra seja iniciada,” explicou o engenheiro.
Desocupação
Para que a demolição pudesse ter início nesta manhã, o Serviço de Abordagem Social realizou uma ação no local durante a madrugada para a retirada de 16 pessoas em situação de rua, que invadiram o local.
De acordo com a secretária municipal de Promoção Social, Marcela Carvalho Messias, a maioria das pessoas abordadas se recusou a ir para os abrigos conveniados com o Município.
Empregos
A demolição teve início no prédio próximo a área das piscinas. Nesta fase estão sendo empregados 10 funcionários e maquinário pesado.
Ainda segundo o engenheiro, durante a fase de construção do centro comercial devem ser gerados cerca de 200 empregos diretos.
Alivio para vizinhos
O início da demolição do Complexo Santa Cruz trouxe um certo alívio para os moradores no entorno do empreendimento, que desde que foi interditado em abril de 2016, o local tem sido invadido constantemente por moradores em situação de rua, usuários de drogas e traficantes.
Além disso o local já foi alvo de incêndio criminoso em julho de 2016, em setembro de 2020, novembro de 2021 e janeiro de 2023.
Desde a interdição do complexo, a energia elétrica foi cortada, justamente para evitar o risco de incêndios, porém moradores em situação de rua que invadiam o local realizam ligações clandestinas diretamente em postes de iluminação pública no entorno do prédio.
A atual administração chegou a publicar um edital para que o Complexo fosse leiloado, com um lance inicial no valor de R$ 15 milhões, mas não houve interessados.