Inventor de Palavras (Roberto Tereziano)
Criar ou compor palavras novas pode ser algo até divertido.
Assim que começou a internet passamos a colaborar com uma revista de circulação nacional que falava da rede e de tecnologia, chamava-se Internet, chamava-se Internet-BR.
Naquele tempo mandar imagem, voz, ainda era algo meio complicado, a velocidade da rede discada era muito lenta etc.
Foi quando surgiram os programas de se dialogar através de mensagens escritas. Os primeiros foram MSN e logo depois um que ficou muito famoso, o ICQ. Ele tinha até um ruído semelhante a uma maquina de escrever.
Quando a amizade se tornava mais forte se pedia para enviar uma fotografia. Assim as pessoas passavam a pelo menos ter uma imagem do novo amigo ou amiga. As pessoas diziam tal hora eu vou teclar contigo. Em um artigo para a mencionada revista passei a usar a palavra “teclálogo” o que obviamente seria dialogar pelas teclas.
Também uso outra palavra no dia-dia meio por diversão mas têm, para mim, alguma lógica.
Quando me refiro a um casal que vive junto uso esposo ou esposa. Porem, quando se trata de pessoas separadas, que já foram um casal escrevo “exposa” “exposo”.
Hoje de manhã estava pensando em um humorista que era obeso e que acaba de fazer uma cirurgia bariátrica, ficando bem magrinho.
O show não pode mais ter o mesmo nome, exemplo: Viva o Gordo” Programa do Gordo….
Teria que se chamar agora “Viva o exgordo” “programa do exgordo”, etc.
Acho as minhas palavras mais estruturadas linguisticamente do que alguns brasileiros que usam nos Estados Unidos a palavra “indocumentado” para se referir a pessoas sem documento ou até outros que voltam com linguagem “americanizada” para realizar certas ações. Vejo na lanhou-se pessoas que ao invés de mandar imprimir mandam “printar” documentos ou quando estão no transito resolvem “parkear” o carro.
Enfim, são problemas para os dicionaristas e suas atualizações de dicionários.