Justiça nega pedido de prisão contra comerciante acusado de matar a esposa

O pedido de prisão preventiva contra o comerciante acusado pela morte da esposa em Bandeira do Sul foi negado pela Justiça. A decisão foi do juiz Valderi de Andrade Silveira da Comarca de Campestre.

Adilo Sérgio Gomes, de 40 anos, mais conhecido com Adilo Negrera está foragido desde a noite do crime, no último domingo, 18.

Pela decisão o magistrado informou que a prisão preventiva não pode ser decretada apenas porque o fato está causando desassossego à população e isso, segundo o juiz seria utilizar a prisão cautelar para atingir os fins de prisão penal. E tampouco, poderia  ser decretada para evitar que crimes como estes continuem a ocorrer.

Na decisão o juiz declarou ainda que o comerciante é réu primário e não tem  antecedentes criminais. Para o magistrado o feminicídio, embora seja um crime grave, “parece ter sido um ato isolado”.

Desde domingo o suspeito era procurado pela Polícia, porém com a decisão o comerciante que também é candidato a vereador pelo PSDB deixa de ser considerado foragido da Justiça.

O crime

A funcionária pública, Roberta Camile Araújo, de 34 anos, foi morta em casa com 13 facas, após uma discussão.

A filha do casal contou à polícia que os pais passaram a tarde em uma chácara, comemorar o aniversário da filha mais nova e da mãe do suspeito.

Ainda na chácara o casal começou uma discussão por causa da porta da geladeira que teria ficado aberta.

À noite já na cidade os dois voltaram a discutir e foi quando a filha ouviu pelos gritos de socorro da mãe.

Quando chegou no quintal a vítima estava caída no chão com a roupa suja de sangue.

A funcionária pública foi morta com oito facadas nas costas, uma no abdômen, três na perna e uma na mão.

O comerciante fugiu logo em seguida deixando a faca usada no crime no local.

Depois do crime, o homem fugiu. A faca foi encontrada no local pela perícia. A princípio, a polícia informou que a briga teria começado por conta da porta aberta de uma geladeira. Mas, posteriormente, concluiu que o motivo do desentendimento não ficou claro.