Lorenzetti terá de construir tanque de contenção maior para evitar novos acidentes
A exigência faz parte do acordo firmado entre a empresa e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, por meio do Núcleo de Emergência Ambiental (NEA), após o terceiro vazamento de barbotina registrado pelos órgãos ambientais.
A Lorenzetti terá que construir um tanque de contenção com capacidade para 95 mil litros, além de uma nova barragem e um tanque subterrâneo dentro das dependências da empresa.
Durante a segunda vistoria realizada nesta quinta-feira, 14, pelo analista ambiental do NEA, Ronildo Valente, foi constado que a empresa especializada na produção de chuveiros elétricos e louças sanitárias vem cumprindo as determinações feitas pelo órgão após o vazamento de Barbotina, composto de argila e caulim, no Ribeirão Ponte Alta no último dia 23 de agosto.
Na ocasião foram derramadas 25 toneladas do produto no ribeirão que é um dos afluentes da Represa Saturnino de Brito. Quase um mês após o acidente, a coloração da água que ficou com um aspecto leitoso e bege, já voltou ao normal. Na época foram coletadas amostras da água para verificar se houve contaminação, mesmo se tratando de um material tóxico, porém não deixa de caracterizar como crime ambiental. O DMAE chegou a ficar em alerta para o caso de ter de suspender a captação de água da Represa Saturnino de Brito, responsável pelo abastecimento de parte da área central e também da Zona Leste da cidade.
Segundo Valente, a empresa já limpou parte das margens do ribeirão, o que corresponde a 600 metros ainda. O difícil acesso ao local tem impedido a entrada de caminhões. A expectativa é que o trabalho seja concluído até o final deste mês.
Ainda de acordo com o analista ambiental, mesmo cumprindo as determinações a Lorenzetti será multada pelo vazamento da Barbotina. Porém ainda não é possível estipular um valor, já que o NEA aguarda pela conclusão de todas as melhorias e só então fixar um valor.
Em julho deste ano, a empresa já havia sido multada pela Polícia Militar do Meio Ambiente em R$ 57 mil pelo segundo vazamento de material no ribeirão. Atualmente está em andamento um inquérito instaurado pela Polícia Civil que apura o crime ambiental.