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Motoentregadores fazem manifestação na Avenida João Pinheiro

Os motoentregadores percorreram a Avenida João Pinheiro protestando contra as condições de serviços oferecidos pela plataforma digital – foto – Roni Bispo

Um pequeno grupo de motoentregadores, que trabalham em plataformas digitais fizeram um buzinaço na tarde desta terça-feira, 1º, ao longo da Avenida João Pinheiro, na zona oeste de Poços de Caldas-MG.


Os motoentregadores aderiram ao movimento de paralisação realizado ontem e hoje nos grandes centros do Brasil.  A paralisação é  contra a precarização e por melhores condições de trabalho.

Entre as principais reinvindicações dos entregadores estão:

  • Taxa mínima de R$ 10 por corridas de até 4 quilômetros (km);
  • Aumento do valor para R$ 2,50 por km;
  • Limitação das entregas com bicicletas a um raio máximo de 3 km;
  • Pagamento integral de taxa por cada um dos pedidos, mesmo em entregas agrupadas na mesma rota.

Pelo fato do pico do delivery ser mais intenso durante à noite em Poços de Caldas, muitos moto entregadores estão cadastrados ao iFood, mas durante o dia também trabalham com o transporte de passageiros ou outro tipo de entrega que não seja de alimentos, para não ficar dependendo somente da plataforma e assim conseguir aumentar a renda.

De acordo com a presidente da Associação de Bares, Restaurantes e Similares de Poços de Caldas (ABRE), Juliana Egima a maioria dos associados não conseguiu fazer entregas pelo iFood nesta segunda-feira e também nesta terça-feira.

Uma rede de lanchonete especializada em fast food sofreu  uma redução e até 80% nas entregas e está trabalhando apenas com a retirada direto no balcão, o que corresponde a 20% do movimento.

Ainda segundo a presidente da ABRE, para conseguir trabalhar com entregas nestes dois dias os empresários optaram por entregador particular ou contratar uma empresa terceirizada. “Nós estamos com estas duas opções agora. Trabalhar com um motoqueiro próprio, chamar para fazer a entrega, que foi o meu caso ou contratar uma empresa terceirizada”, conta a presidente da ABRE.

A Paralisação ganhou maior adesão em São Paulo, onde lideranças do movimento foram recebidas para discussão de reivindicações na sede do iFood.

De acordo com a  Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel SP) afirmou que a paralisação dos entregadores, chamada de Breque dos Apps, afetou significativamente bares e restaurantes na segunda-feira.

Segundo levantamento da entidade, realizado com associados da capital paulista, empresários que operam unicamente com o aplicativo iFood tiveram queda de 100% nas entregas, durante a paralisação.

Aqueles que utilizam múltiplas plataformas sentiram um impacto menor, mas ainda expressivo, ressaltou a entidade, com queda no movimento de entregas estimada entre 70% e 80%, na comparação com uma segunda-feira comum.

Já os estabelecimentos que contam com frota própria de entregadores registraram crescimento nas entregas, segundo a Abrasel SP, com aumento de até 50% na demanda.

iFood disse, em nota, que segue monitorando as manifestações e trabalha para manter a operação. Segundo a empresa, atualmente, 60% dos pedidos intermediados pela plataforma são entregues pelos próprios restaurantes.

“Com o objetivo de ouvir os entregadores, o iFood confirma que se reuniu com nove representantes dos manifestantes na tarde de segunda-feira (31), no escritório da empresa em Osasco. Reafirmando sua abertura ao diálogo, foram discutidas as principais demandas apresentadas pelo movimento e ficou acordado que o iFood retornará com devolutivas para as lideranças”, disse a empresa.( Fonte Agência Brasil)

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