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Operação impede que drogas e celulares fossem enviados para o presídio

Com a deflagração da operação “Intramuros”, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) localizou drogas acondicionadas em barras de sabão e sabonete, além de kits contendo aparelhos celulares e fumo que seriam enviados ao Sistema Prisional em Poços de Caldas, Sul do estado. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta terça-feira, 26. Dois homens, de 19 e 26 anos, foram presos em flagrante.

A investigação apurou que os produtos seriam enviados para o presídio via Correios – foto Polícia Civil

De acordo com Delegado Cleyson Brene, há algumas semanas a Agência de Inteligência da PCMG monitorava informações relacionadas ao comércio ilícito de entorpecentes no interior do presídio local.

A partir daí, a Polícia Civil representou à Justiça pelas medidas cautelares, visando combater e coibir essa modalidade de tráfico de drogas.

Os mandados em duas casas no Santa Augusta e no Dom Bosco. No imóvel do bairro Santa Augusta, a equipe encontrou tabletes de maconha armazenados em barras de sabão e de sabonete, além de outras porções da droga dentro de uma nécessaire e balança de precisão. “Conforme levantado, o material seria enviado via Correios ao presídio”, observa Brene. O suspeito, de 26 anos, foi preso em flagrante por tráfico de drogas e encaminhado ao Sistema Prisional.

Kits

Já no segundo alvo, no bairro Dom Bosco, os policiais civis arrecadaram os kits compostos por aparelhos celulares, carregadores, fumo e isqueiro. “Esses materiais eram arremessados para o telhado do presídio com uma linha de pesca e os detentos os recolheriam durante o banho de sol”, conta o Delegado.

Conforme apurado, os telefones seriam vendidos entre R$ 1,5 mil a R$ 2 mil, isqueiro por R$ 70 e a porção de fumo, R$ 75. “O pagamento seria feito por familiares dos detentos, provavelmente, por conta bancária”, acrescenta Brene. O investigado, de 19 anos, foi autuado pele crime de favorecimento real, sendo lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

Segundo Cleyson Brene, as apurações prosseguem para traçar a dinâmica da prática criminosa e identificar eventuais destinatários dos materiais. Ele acrescenta que, até o momento, não foi identificado no trabalho investigativo o envolvimento de funcionário público no esquema.

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