Para secretário de Governo, Poços deve atrair mais investimentos com a atualização do Plano Diretor
Após a polêmica votação, a expectativa da administração é que o município atraia mais investidores e gere mais empregos
O secretário municipal de Governo, Celso Donato, que acompanhou de perto a votação no Plenário da Câmara Municipal, definiu a aprovação do Plano Diretor como uma vitória para o Município, pois, para ele, a atualização proporciona diretrizes para o crescimento ordenado voltado para a zona oeste da cidade.
“O Plano Diretor foi uma vitória não só desta administração, mas para Poços de Caldas. A defasagem estava depondo contra o Município, pois sempre que investidores apresentavam a intenção de se instalar na cidade, era solicitado o Plano Diretor, o que não tínhamos. A última atualização ocorreu em 2006 e isso prejudicava as negociações”, explicou Donato.
Para o secretário de Governo, a aprovação do Plano Diretor foi um grande avanço para o Município. Donato lembra que o marco legal não começou do zero no governo do prefeito Sérgio e que os estudos tiveram início ainda na gestão do ex-prefeito Paulo César Silva, sendo debatido na gestão do ex-prefeito Eloisio do Carmo Lourenço e, em seguida, trabalhado também durante a primeira gestão do prefeito Sérgio Azevedo.
Celso Donato informou que o Plano Diretor foi lapidado pelo então secretário de Planejamento, Thiago Cavelagna, que era vereador na administração anterior e participou das Comissões, dando sequência à elaboração do Plano como titular da pasta, dialogando com ambientalistas, construtores e representantes do Comdurt – Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Territorial.
“É prerrogativa do vereador propor emenda, cabendo ao prefeito acatar ou não. Porém, a forma com que as emendas foram colocadas às véspera da votação, fez com que se criasse insegurança em alguns vereadores. Mas quando voltou ao texto base, o Plano Diretor foi aprovado”, avaliou o secretário.
A expectativa agora é de que com a atualização do Plano Diretor aprovada, Poços continue recebendo investimentos de pequeno, médio e grande porte, principalmente com a retomada da economia.
O município já recuperou as 2.326 vagas de empregos perdidas devido à pandemia e já gerou mais de mil novas vagas, totalizando 3.325 empregos até o fim de novembro, segundo os dados do CAGED. Só no mês passado, foram feitas 599 novas contratações na cidade, sendo a maioria no setor de Serviços.
De acordo com o secretário de Governo, a recuperação se deve ao Plano de Retomada Econômica elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, que preparou o município para quando os indicadores epidemiológicos fossem positivos e os investidores retornassem.
Novos investimentos
Recentemente, foi anunciada a instalação de uma das gigantes do setor de louça sanitária no município, a Docol, com um investimento na ordem de R$ 300 milhões e geração de 500 empregos diretos e indiretos.
Para 2022 deve ser anunciada a vinda de mais duas empresas com investimentos ainda maiores que os da Docol. Para Donato, outros dois fatores também têm contribuído para este momento: a reeleição com a continuidade dos projetos e a inserção de Poços no mapa dos investimentos em Minas Gerais, a partir da criação do Investe Minas.
“Poços, hoje, é um dos melhores municípios para se investir no Estado. Primeiro porque a política tributária de Minas está mais agressiva, ganhando de São Paulo em termos de atrair investidores. Depois, temos nosso diferencial em relação aos demais municípios, com DME, DMAE e gás natural. Isso pesa na hora do investidor se decidir, porque aqui ele resolve tudo em uma única mesa quando faz a negociação e consegue dialogar com a Administração, DME que vai fornecer a energia elétrica, o DMAE, responsável pela água e esgoto e ainda o gás natural” exemplificou Donato.
Ele acredita que, além disso, com a reeleição, foi possível dar continuidade aos projetos, visando sempre o desenvolvimento do município. “Já criamos um relacionamento com as pastas do Estado e entes federativos. Quando se ganha a eleição na primeira vez é preciso fazer um diagnóstico e levamos meses para a gestão começar a trabalhar. A continuidade nos permite seguir com o planejamento”, conclui Celso Donato.