Plano de Ação Emergêncial da INB será implantado neste mês
A informação foi divulgada pelo gerente de descomissionamento da Unidade de Tratamento de Minérios (UTM), Fernando Teixeira, que representou a INB -Indústrias Nucleares do Brasil (INB) durante a audiência pública promovida na última quarta-feira, dia 27, na Câmara Municipal de Poços de Caldas.
O tema do encontro foi “Mineradoras de Poços de Caldas e região e seus planos de emergência”. Teixeira, fez uma explanação sobre a situação atual das barragens da INB e esclareceu a população sobre o Plano de Ação Emergencial (PAE), que deve estar implantado até 30 de março.
O gerente citou que nas próximas semanas será feito um levantamento de moradores da comunidade do entorno da unidade, uma das ações previstas no PAE. Apesar de ser uma exigência do Ministério Público Federal, Teixeira ressaltou que a empresa tem trabalhado de forma transparente e seguido as normas e exigências dos órgãos fiscalizadores, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e o Ibama.
Sobre as barragens de Águas Claras e de Rejeitos, localizadas na unidade da INB em Caldas, Teixeira afirmou que elas são monitoradas constantemente pela empresa e pela CNEN. “Atualmente estamos adequando o sistema extravasor da barragem de Rejeitos e esse é um indicativo da preocupação da empresa com essa situação e com a comunidade. Um evento não usual que aconteceu em setembro e não se repetiu, indicou essa necessidade. Importante ressaltar que essa iniciativa não tem relação nenhuma com a tragédia que aconteceu em Brumadinho”, disse o gerente.
Antes da apresentação da INB, vários segmentos se manifestaram, como Legislativo, Ministério Público, sociedade civil e integrantes de ONGs. A empresa Alcoa, mineradora de bauxita, também foi representada na audiência. Poder Executivo, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Militar tiveram representantes no evento.
O presidente da casa, Carlos Roberto de Oliveira Costa, explicou que as sugestões levantadas farão parte de um documento que será feito pelo Legislativo para ações futuras. “Essa audiência tem o objetivo de esclarecer alguns pontos e pudemos ver que tanto as empresas quanto os órgãos de segurança estão trabalhando. Mas é preciso gerenciar os problemas e encontrar solução para eles. E fazer isso sem alarmismo e sensacionalismo. É nossa realidade e temos que trabalhar com ela”, disse o vereador.