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Polícia Civil faz reconstituição para apurar morte de músico

A Polícia Civil de Poços de Caldas realizou na manhã desta segunda-feira, 30, a reconstituição da morte do músico Yuri Antônio Gonçalves Vila Lobos de 24 anos ocorrida no Jardim Quissisana na semana passada. O crime aconteceu em um apartamento e o principal suspeito é o escrivão da Polícia Civil, Thiago Galvão Bernardes de 30 anos, que foi preso em flagrante e continua detido na casa de custódia em Belo Horizonte.

Reconstituição durou a manhã toda
Reconstituição durou a manhã toda – foto Josafá Rodrigues

De volta à cena do crime, a Polícia Civil contou com a participação da principal testemunha do caso, o dono do apartamento, conhecido como Batata. O delegado que assumiu a investigação, Cleysson Brene, quer descobrir o motivo do crime. O escrivão não participou da reconstituição.

Durante a reconstituição, a testemunha voltou a afirmar que o escrivão atirou no músico se um motivo aparente, pois não teria presenciado nenhum tipo de discussão entre os dois. E que após o único disparo que atingiu a região do abdome da vítima, Batata saiu correndo para pedir ajuda.

O corpo de Yuri foi enterrado em Botelhos
Vítima e o escrivão bebiam juntos horas antes do crime – foto rede social

O crime aconteceu na madrugada de domingo, dia 22 de maio. Os três envolvidos se encontraram em um bar e foram para o apartamento de Batata para continuar bebendo. Quando o dono do imóvel voltou para a sala já encontrou o escrivão com a arma em punho e apontada para a vítima.

O inquérito instaurado no dia seguinte do crime deve ser concluído ainda nesta terça-feira, já que o prazo legal era de 10 dias a contar da liberação do laudo da perícia.

Thiago Galvão está há pouco menos de 3 anos na Polícia Civil e ficou afastado das atividades por 8 meses para um tratamento médico, pois sofria de depressão e síndrome do pânico.  Após ser liberado pela perícia médica, o escrivão que trabalhava na delegacia de Cabo Verde, voltou às atividades em fevereiro deste ano. Ao ser interrogado sobre o crime, Thiago contou que teria feito uso de bebida alcóolica com medicamento. O escrivão se recusou a fazer um exame toxicológico, por tanto não foi possível detectar se além da bebida e o medicamento, ele também havia consumido outro tipo de droga.

O escrivão foi indiciado por fraude processual, na tentativa de induzir a perícia a um erro, uma vez que o corpo foi removido do local e a arma, uma pistola calibre 40, de uso do escrivão foi encontrada jogada no chão, quando segundo a testemunha após o disparo Thiago teria guardado no coldre.

O escrivão ainda vai responder a um processo administrativo, podendo até ser excluído da Corporação. Já pela justiça comum, se condenado ele poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão.

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