Policiais vão às ruas para reivindicar reposição salarial
Integrantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Policiais Penais e Corpo de Bombeiros participaram de uma manifestação na tarde desta sexta-feira, 25, reivindicando a recomposição salarial junto ao Governo de Minas Gerais. O ato que teve início em frente a Delegacia Regional de Polícia Civil de Poços de Caldas seguiu para a Rua Assis, centro da cidade.
Em passeata, os integrantes das Forças de Segurança ocuparam parte das vias centrais e gritavam palavra de ordem, cobrando o Governo de Minas, para que o acordo assinado em 2019, que previa a recomposição salarial em três parcelas fosse cumprido. Agentes de Trânsito do Demutran, controlavam o fluxo de veículos.
O Estado pagou apenas uma e segundo o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol/MG) , a perda salarial calculada pela inflação do período de 2015 a 2021 chega a 50,75%, medida pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA).
As manifestações e protestos tiveram início na última segunda-feira, 21, quando foi realizado uma grande mobilização em Belo Horizonte, contando com a presença de 30 mil manifestantes, segundo a organização.
Desde então alguns serviços, considerados essenciais, como emissão de identidade, vistorias e documentos de veículos, serviços em presídios, entre outros têm sofrido uma certa lentidão devido a adesão ao movimento de paralisação.
De acordo com o Sindpol/MG, regional sul de Minas, os policiais dos departamentos dos municípios de Andradas, Poços de Caldas, Lavras, São Lourenço, Três Corações, Varginha e Pouso Alegre aderiram 100% ao movimento de paralisação.
O ato desta sexta-feira coincide com a decisão da desembargadora Maria das Graças Silva Albergaria dos Santos Costa, da 1ª Seção Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, determinou a imediata cessação da greve de policiais civis e penais do Estado.
Caso a determinação seja descumprida, as instituições devem pagar, cada uma, multa diária de R$ 100 mil, limitada a R$ 10 milhões. Os sindicatos das categorias, informaram que ainda não foram notificados oficialmente da determinação judicial.