Restaurante Popular tem queda de 50% no movimento após aumento do preço
Um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Promoção Social, no período de janeiro a abril deste ano, revela que o movimento no Restaurante Popular sofreu uma redução de 50% do público. Desde que o valor da refeição, que era de R$ 2,00, subiu para R$ 5,50, o número de frequentadores caiu de 30 mil para 15 mil pessoas por mês.
A expectativa da população era que o aumento pudesse ser revisto pela administração municipal, após a revogação do decreto de calamidade financeira que vigorava desde o início do ano. Entretanto, o secretário municipal de Governo, Celso Donato, explica que o aumento no valor da refeição não estava relacionado ao decreto e sim à mudança de prioridade de investimento do dinheiro público.
Segundo ele, após um estudo realizado pela Promoção Social, foi constatado que a maioria das pessoas que frequentava o Restaurante Popular não tinha o perfil do público esperado para a concessão do benefício. “Como a maioria das pessoas que frequentava o restaurante popular fugia desse perfil, a Prefeitura acabava subsidiando o valor de R$ 3,50 em cada refeição servida e isso representava cerca de R$ 1 milhão aos cofres públicos ao ano. Em vez de gastar este montante com subsídio da refeição, o Executivo optou por investir este dinheiro na Educação Infantil, no caso na construção de uma creche, com a economia ao longo de dois a três anos”, destacou Donato.
Ainda segundo o secretário de Governo, mesmo com o fim do decreto, o valor da refeição vai permanecer em R$ 5,50, uma vez que o estudo feito pela Secretaria de Promoção Social aponta que, mesmo após o aumento, as pessoas que não se encaixam nos critérios estabelecidos para a confecção de carteirinhas junto aos CRAS para a concessão de benefício ainda representam a maioria dos frequentadores do restaurante atualmente. “60% dos usuários do restaurante são de pessoas que pagam o valor integral, enquanto apenas 40% se cadastraram e pagam apenas R$ 2,00 pela refeição. Hoje, em vez do município gastar R$ 105 mil ao mês com a refeição, os custos são em torno de R$ 25 mil ao mês”, defendeu.
Com a medida, o público beneficiário do subsídio ficou restrito às pessoas que fazem parte do Cadastro Único da Promoção Social (CADÚnico) e aposentados que recebem até um salário mínimo, deixando de fora, por exemplo, boa parte dos aposentados que ganham acima deste valor.
De acordo com o secretário de governo, a própria Secretaria de Promoção Social está solicitando que seja revisto o critério de seleção para que os aposentados que ganham até R$ 1.200,00 também sejam contemplados. Donato afirmou que a solicitação será encaminhada ao prefeito Sérgio Azevedo, para análise do Chefe do Executivo.