Supermercados de Poços restringem quantidade de arroz por cliente
Assim como em alguns municípios dos grandes centros, alguns supermercados de Poços de Caldas começaram a restringir a quantidade de arroz por cliente. A justificativa seria o possível desabastecimento devido as inundações que ocorreram no Rio Grande do Sul, considerado o maior produtor de arroz do País.
Diante da possibilidade de desabastecimento, o governo federal não descartou a possibilidade de importar arroz e feijão para equilibrar a produção nacional e evitar novos aumentos nos preços.
Em entrevista ao Diário do Comércio, o secretário-adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Ricardo Albanez, informou que o cenário está sendo tratado de forma muito alarmista.
Segundo ele, há uma estimativa de produção nacional que gira em torno de 10 milhões de toneladas, sendo que 70% dessa produção se encontra no Rio Grande do Sul, e dessas, 7 milhões de toneladas, grande parte já havia sido colhida. “Estimativas do Rio Grande do Sul apontam para cerca de 80% da produção colhida, algo em torno de 5,6 milhões de toneladas. Então, pode haver algum risco nesses 20% restantes e há, também, a questão do deslocamento, já que a logística de distribuição foi abalada por conta das estradas intransitáveis. Assim, poderemos ter alguma dificuldade no transporte, impactando no escoamento até que a situação se normalize. Mas acredito que ainda é muito cedo para criarmos uma expectativa negativa ou cogitarmos desabastecimento”, afirmou Albanez.
Advertência
O secretário-adjunto de Agricultura adverte que, se a população de Minas Gerais começar uma corrida para comprar arroz e estocar, neste caso, poderá haver risco de faltar produto nas gôndolas. “O momento é de ter tranquilidade, pois, se a demanda for elevada de uma hora para outra, os preços vão subir muito mais. Com o volume colhido, à medida que as estradas começarem a ser liberadas, os produtos voltarão a ser escoados normalmente. E, quanto maior a pressão por demanda, mais os preços serão ajustados para cima”, avaliou.
A preocupação é que o mesmo aconteça durante o início da pandemia da Covid-19, quando a população correu para os supermercados para estocar alimentos em casa. A ação resultou no desabastecimento, restrição de produtos e consequentemente o aumento dos preços.