Suposta bomba era caixa com embalagens plásticas

A suposta bomba deixada sobre uma mesa em frente uma lanchonete entre a Agência dos Correios e o Fórum na rua Pernambuco, na verdade não passava de uma caixa cheia de embalagens plásticas descartáveis, usadas para acondicionar doces ou salgados.

A suspeita de bomba surgiu por volta das 13h, depois que um segurança do Fórum foi avisado de uma caixa de papelão com uns 30 centímetros mais ou menos foi deixada na mesa da lanchonete. Desconfiado de que poderia ser um artefato explosivo, o svigia chamou a PM.

Por segurança 3 equipes  da 18ª Cia Ind de Policiamento Especializado foram para o local e isolaram todo o quarteirão. Os comerciantes tiveram que fechar as portas, e juntamente com os moradores de uma casa aos fundos da agência dos Correios  tiveram que evacuar a área.

Segundo o chefe de operações da 18ª Cia Ind de Policiamento Especializado, Tentente Edvaldo Alves da Silva, na dúvida se o objeto era ou não uma bomba, foi necessário acionar a equipe do Esquadrão Anti- Bombas do Batalhão de Operações Policiais Especializados (BOPE), antigo GATE, para que o suposto artefato fosse detonado.

Enquanto aguardavam pela equipe especializada, a rua mesmo que isolada, foi tomada por curiosos e comerciantes no cruzamento da Assis com a Pernambuco.

A equipe do BOPE veio de jato da capital mineira e chegou a Poços de Caldas  por volta das 17h20 e imediatamente se deslocou para  o local onde estava o suposto artefato. Um integrante da equipe já todo amparado com roupas especiais que suportam o impacto de uma explosão foi até o pacote o examinou. Uma equipe do Corpo de Bombeiros também foi chamada para acompanhar toda movimentação e se fosse preciso combater as chamas provocadas por uma suposta explosão.

Foram alguns minutos de suspense  até que a caixa foi aberta e ficou constado que na verdade se tratava de várias embalagens plásticas. A caixa de papelão provavelmente foi esquecida por alguém que foi fazer uma entrega na região, já que existem várias lanchonetes nas proximidades, ou ainda despachar o produto na própria agência dos Correios.

O certo é que o esquecimento custou um bom dinheiro para os cofres públicos com o deslocamento da equipe do BOPE até Poços de Caldas ( os militares que vieram de Belo Horizonte não souberam precisar o custo  com a operação), mas de acordo com o Tenente Paulo Matos, do BOPE, em se tratando de vidas, o custo com uma operação destas não tem como mensurar, é preferível vir e constatar que não se tratava de uma bomba do que não vir e o pior acontecer.

Além do transtorno a suposta bomba trouxe prejuízo para os comerciantes  que tiveram de fechar as portas mais cedo. Segundo o do dono de uma de bolsas, Zezito Rodrigues Guimarães, a terça-feira foi um dia perdido para ele. Há dez anos ele tem uma loja nas proximidades do Fórum e lamentou o fato de um simples esquecimento ter causado um grande transtorno em plena semana de vendas que antecede o Natal.

Suposta bomba nos Correios

Esta não foi a primeira vez que uma suposta bomba mobiliza um grande aparato da polícia e imprensa. No dia 29 de setembro de 2014, uma bolsa esquecida em frente a Agência dos Correios na Rua Prefeito Chagas também causou um grande transtorno e prejuízo para os comerciantes que tiveram de evacuar o quarteirão. Na ocasião uma equipe do então GATE veio a Poços e constatou que dentro da bolsa havia uma marmita e talheres, provavelmente de um trabalhador que esqueceu o objeto ali e com toda confusão não voltou para pegar a bolsa de volta.