Trilheiro é socorrido por motolância em local de difícil acesso
O socorrista e piloto da motolância do SAMU, Flávio Custódio, atendeu a uma ocorrência inusitada no sábado, 26. O serviço foi acionado para socorrer um trilheiro que se feriu após uma queda em um local de difícil acesso no bairro Bianucci.
O vendedor Juliano Jacon, de 37 anos, fazia trilha com um grupo de amigos quando caiu e sofreu uma luxação em um dos ombros. A queda foi a 1 km de distância do asfalto, dificilmente uma ambulância comum teria condições de chegar até a vítima.
“Ele caiu e luxou o ombro na trilha, em uma área que não chegaria a ambulância. Ali mesmo fiz a redução, a imobilização e a medicação e ele já foi liberado, sem a necessidade de deslocamento para uma unidade de saúde. Certamente, sem a motolância, o socorro demoraria mais tempo a chegar, por conta das condições de acesso”, explicou o socorrista.
A motolância entrou em operação em Poços de Caldas em janeiro deste ano. O veículo já fazia parte da frota desde 2009 e chegou a rodar por alguns meses de forma irregular, quando o Ministério da Saúde determinou a suspensão do uso. Para a circulação da motolância foi obrigatório que os condutores, técnicos de enfermagem ou enfermeiros, fizessem o curso de capacitação GMAU – Grupo de Motociclista de Atendimento as Urgências. O treinamento dado em Guarulhos- SP, com duração de 60 horas, aprovou os dois socorristas de Poços e possibilitou a implantação do serviço na cidade.
Em média a motolância faz 3 atendimentos ao dia em comparação com as ambulâncias comuns. O que chama a atenção é a diferença do tempo resposta, ou seja, do tempo em que o socorro leva para chegar até o local do chamado. No caso da motolância, o tempo mínimo resposta é de 00:01:56 (um minuto e 56 segundos), ou seja, 50% menor se comparar ao tempo respostas das ambulâncias.
