Vinhos e espumantes mineiros são opção para as festas de fim de ano
Com a chegada das festas de fim de ano, cresce a procura por vinhos e espumantes para a harmonização na ceia e também como opção para presentes.
Destaques em premiações que avaliam a qualidade da bebida, os vinhos finos do Sudeste brasileiro, produzidos pela inversão do ciclo da videira, técnica desenvolvida pela Empresas de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) figuram como uma alternativa atrativa e diferenciada.
Nos últimos anos, vinhos de marcas mineiras, como Casa Geraldo, Villa Mosconi, ambos de Andradas, Maria Maria, Luis Porto, Primeira Estrada e Quinta D’alva, se tornaram conhecidos do público.
Em setembro o vinho Casa Geraldo Colheita de Inverno Syrah 2017 recebeu o prêmio Top 5 Syrah Wines of Brazil Awards, juntamente com outros dois vinhos produzidos com tecnologia da Epamig de Caldas. O Wines of Brazil Awards consagra os melhores vinhos do país em várias categorias e campo de atuação. O concurso, que acontece no Rio de Janeiro, tem se tornado uma competição tradicional no país.
Como escolher
Enóloga da Epamig, Isabela Peregrino alerta para cuidados na hora de escolher os vinhos. “O mais recomendável é adquirir os produtos nos varejos das vinícolas, em casas especializadas e em supermercados. E desconfiar sempre de ofertas que trazem vinhos muitos baratos. Vale lembrar que a qualidade do vinho começa no processo produtivo. Para os tintos, uma boa dica é saber que se o produto não for de boa qualidade quando jovem, também não o será ao envelhecer. Já o vinho branco é para ser consumido jovem”.
Tecnologias
No campo, novas tecnologias aumentam tanto a produção quanto a qualidade da vitivinicultura mineira. Exemplo vem do uso da dupla poda, metodologia que altera o ciclo da videira e foi implantada em Minas a partir do ano 2000, principalmente no Sul de Minas, em vinhedos Syrah e Sauvignon Blanc. A novidade altera a data colheita do verão para o inverno, período seco no qual as uvas apresentam mais cor e aroma. Tais fatores potencializam a qualidade final da bebida.
Já na região da Serra da Mantiqueira, as uvas Chardonnay se adaptaram bem às características de terroir (clima, solo e regime de chuvas) e têm sido utilizadas na produção de espumantes cada vez mais famosos no mercado. Graças ao pacote tecnológico que propõe a adoção de clones, porta-enxertos e diferentes técnicas de manejo, além de sistemas de condução específicos e uso de metodologia semelhante à francesa champenoise, produtores têm sido premiados pela qualidade da bebida.
Marca própria
Outra novidade vem da Epamig, que lançou em agosto a comercialização de espumantes e vinhos de marca própria. “Os espumantes são opção para a colheita de verão. Os tratos culturais e necessidades da uva são diferenciados. A Chardonnay não necessita de maturação fenólica (acúmulo de taninos, pigmentos e compostos ligados ao sabor e aroma) e exige maior acidez e menor acúmulo de açúcares”, explica Isabela Peregrino.
Fonte – Agência Minas