Estudantes participam de Encontro Vivências Afro-brasileiras na Urca
Alunos da Educação Infantil e do 1º ao 9º ano da rede municipal de ensino participaram do encontro Vivências Afro-brasileiras, realizado no Espaço Cultural da Urca.
O projeto que tem apoio da Secretaria Municipal de Educação foi idealizado pelo Professor Luiz Henrique de Souza, e teve como principal objetivo oportunizar momentos para conhecer e vivenciar a cultura afro-brasileira.
“A ideia desse projeto surgiu a partir de uma aluna que expressou o desejo em aprender o berimbau. Essa foi a oportunidade de levarmos a musicalidade e a cultura tão ampla da capoeira para a educação. Então nesse momento viemos falar de todas as características que englobam essa cultura chamada capoeira, de uma maneira lúdica e passar todos os detalhes desta diversidade cultural e racial existentes no Brasil”, destaca o professor Luiz Henrique de Souza, o Contramestre Kong.
O encontro aconteceu nos dias 21 e 22 deste mês e contemplou cerca de 250 alunos e 30 educadores da rede municipal de ensino, com a realização de palestra sobre a vinda e a influência do berimbau para a capoeira e suas notas musicais, com o Mestre Jaime de Mar Grande. Já no segundo dia, o professor Lucas Santos, falou sobre a identidade de jovens afro-brasileiros.
Foram realizadas também oficinas de Hip Hop, turbantes, abayomis, contação de histórias, poesia marginal, percussão, samba e arte; festival de vozes com as diversas músicas populares brasileiras ao som do berimbau e festival de jogo de dentro da capoeira angola.
Alguns desdobramentos desta proposta já são realizados por meio do Projeto Berimbauê e da Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro (ACANNE) em escolas públicas municipais, urbanas e rurais, e em uma escola da rede particular.
Para o coordenador do Centro de Referência do Professor, Cleiton Donizete Corrêa Tereza, essa vivência afro-brasileira é de grande valia para a prática pedagógica, além de proporcionar para os alunos um dia diferente, sair um pouco da rotina escolar e acompanhar atividades diferentes em outro espaço. Outro aspecto importante é a oportunidade de apresentar o que vem desenvolvendo com o professor Luizinho, além da socialização entre as outras escolas.
“Sabemos que o que causa o preconceito é, em grande parte o desconhecimento do que é, do que é diferente. Portanto, é de grande relevância eventos como este para crianças e adolescentes, para que conhecendo as diversas culturas e, nesse caso, a cultura negra, passem a adotar posturas de respeito a toda diversidade. Diante de tantos conflitos que vivenciamos hoje é urgente o trabalho dos educadores levando essa temática para o cotidiano da sala de aula”, concluiu Supervisora Pedagógica Lourdes Aparecida dos Santos.