Meu filho sofre bullying o tempo todo, diz mãe de aluno com autismo agredido por colegas
A denúncia feita nesta sexta-feira, 6, pelo Portal Singularidades sobre a agressão sofrida por um aluno autista de 10 anos na tarde de quinta-feira na Escola Municipal Antônio Sérgio Teixeira no Bairro Santo André reforça a importância da sociedade saber lidar com as diferenças.
O menino foi agredido por dois colegas da mesma sala durante a aula de educação física. Eles jogaram pedra e cuspiram na criança.
A mãe Roseli Oliveira Lima que presenciou parte da agressão desta quinta-feira, diz que o filho precisa de uma auxiliar de educação inclusiva para acompanhá-lo nas dependências da escola. O menino esteve afastado da escola justamente por não ter um profissional disponível.
Segundo a mãe, o filho está no terceiro ano e tenta levar uma vida como a maioria dos colegas que não sofrem do Transtorno do Espectro Autista.
Roseli que há anos vem lutando para a socialização do filho, se sente fragilizada toda vez que o filho sofre algum tipo de agressão seja física ou emocional por meio do bullying.
De acordo com a supervisora da Secretaria de Educação, Luciana Adele Pregnolato de Oliveira que faz parte da Divisão Pedagógica de Educação Inclusiva, foi oferecida para mãe a transferência provisória do filho para outra unidade até que seja contratada uma profissional, ou ainda que o filho fosse transferido para a APAE.
Quanto à agressão e o bullyng, a Secretaria de Educação já entrou em contato com a direção da escola para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
O caso foi levado ao Conselho Tutelar que vai se reunir com a supervisora da Secretaria de Educação e a mãe.
A agressão acontece justamente na semana Mundial de Conscientização do Autismo e também no Abril Azul, mês que visa justamente despertar a atenção da sociedade para Transtorno do Espectro Autista por meio da lei 32/17 de autoria do vereador Gustavo Bonafé, que já está em vigor.
Também já está em vigor a lei 33/17 de autoria do vereador Carlos Roberto de Oliveira Costa (PSC) que prevê o atendimento preferencial também às pessoas com Transtorno do Espectro Autista.
Gostaria de saber porque as escolas ainda não têm um plano de conscientização e educação junto aos alunos neurotipicos para evitar tais acontecimentos!