Escrivão da Polícia Civil é colocado em liberdade
O escrivão da Polícia Civil, Thiago Galvão Bernardes, foi colocado em liberdade após o julgamento realizado nesta quinta-feira, 19, no Fórum de Poços de Caldas. Mesmo condenado por 2 anos e 2 meses de prisão, foi expedido o alvará de soltura, pois o policial, que estava preso desde a data do crime, em maio de 2016, já cumpriu boa parte da pena. O escrivão era acusado de ter matado a tiros o estudante e músico Yuri Antônio Gonçalves Vilas Boas, de 24 anos.
Depois de 12 horas de julgamento, o júri entendeu que Thiago não teve a intenção de matar ou não sabia o que estava fazendo, pois havia retornado às atividades depois de um afastamento por 8 meses para o tratamento da Síndrome do Pânico. Portanto, a qualificação de homicídio doloso, quando há intenção de matar, passou para homicídio culposo.
Na sentença também está incluída a pena por fraude processual, uma vez que o policial havia modificado a cena do crime.
Na época do crime, foi instaurado um processo administrativo contra o escrivão. Com a condenação, a Polícia Civil avalia se o policial poderá continuar exercendo a função ou se será exonerado.
O crime
O homicídio aconteceu na madrugada do dia 22 de maio de 2016. A vítima estava na companhia do escrivão e do dono do imóvel. Os três foram até o local depois de sair de um bar.
O dono do apartamento, que é testemunha no caso, na época contou à polícia que foi ao quarto e quando voltou para a sala se deparou com o escrivão com a arma, uma pistola ponto 40, apontada para o estudante e sem motivo aparente, o escrivão disparou e atingiu a região do abdômen da vítima.
O escrivão tinha acabado de retornar às atividades. Ele ficou afastado por oito meses durante o tratamento de Síndrome do Pânico. Galvão estava há três anos na Polícia Civil.
Sindrome do panico…conta coutra